Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (“Ant-Man and the Wasp: Quantumania”)

Os filmes do Homem-Formiga sempre estiveram a um nível abaixo da qualidade narrativa do MCU. Ainda assim, foi Scott Lang que, em “Vingadores: Ultimato” deu a idéia que literalmente salvou o mundo.

Em “Quantumania”, o diretor Peyton Reed, responsável pelos outros dois filmes do herói, comete exatamente os mesmos erros das produções antecessoras. Mas tem um erro que ele não comete: um dos melhores vilões de todos os tempos que pode rivalizar ou até mesmo superar Thanos, Kang, o Conquistador, interpretado aqui de forma magnífica pelo novo queridão de Hollywood Jonathan Majors, que chamou a atenção do mundo em “Irmãos de Honra”. Claro que o vilão se deve muito mais ao criador do MCU, Kevin Fiege, do que ao diretor, mas ainda assim, vale parte do mérito.

Saindo do estilo dos outros filmes do Homem Formiga, aqui Scot Lang e sua família inteira são transportados para o Mundo Quântico por causa de uma invenção de sua filha que não saiu como se esperava. Enquanto procuram uma saída, acabam se deparando com o vilão Kang, o que tem tudo a ver com segredos que Jane (Michelle Pfeiffer) havia escondido após os 30 anos que passou nesse reino. Kang vai fazer de tudo para escapar de lá e cumprir misteriosa sua missão.

A questão de se passar no Mundo Quântico abre as portas para diversas paisagens, texturas e criaturas que parecem ter sido inspiradas em “Star Wars”, principalmente na primeira trilogia que ousava bastante no visual de seus planetas. É claro que as semelhanças param aí, pois enquanto na saga de George Lucas, os personagens eram apresentados naturalmente, aqui o filme se esforça para mostrar de início o que cada personagem pode fazer de diferente. Daí ainda conta com uma participação especial de Bill Murray (“Crônica Francesa”) que parece ser trazido apenas para um nome de luxo nos créditos.

Outra coisa que “Quantumania” tem em comum com seus antecessores é que também é uma história que, pelo menos aqui, é descolada da composição de filmes do MCU, como se fosse uma aventura solo do Homem-Formiga.

É claro que o filme é o pontapé que vai convergir para a “Dinastia Kang” e que vai reunir todos os heróis, mas até então é o que se tem para hoje. Com uma exceção: as cenas pós créditos (são duas) são sensacionais, principalmente a última que – aí sim – faz um ótima conexão com o MCU.

Mas não se enganem: muito mais que qualquer efeito especial, a grande atração é a história de Kang e o embate dele com nossos heróis, principalmente em termos do que ele significa para todos os multiversos, onde o roteiro faz o possível para tentar ser didático ao esclarecer (ou quase) as suas motivações e as possíveis consequências de seus atos. Algumas das revelações que ele faz são assombrosas.

Quantumania” começa como um bom início da nova fase do MCU, apresenta um vilão com o potencial para brilhar, mas também fica preso aos cacoetes do seu próprio herói e da direção.

Curiosidades:

  • No trailer e no filme, o dono de um café confunde Scot Lang com o Homem-Aranha. Isso seria incongruente, visto que no momento ninguém mais conhece o Homem-Aranha devido a todos terem sua memória apagada pelo Dr. Estranho em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”. A não ser que esses eventos tenham acontecido mais para frente num momento onde o “Homem-Aranha” tenha dado as caras novamente num provável quarto filme.

Ficha Técnica:

Elenco:
Paul Rudd
Evangeline Lilly
Michael Douglas
Michelle Pfeiffer
Jonathan Majors
Kathryn Newton
Bill Murray
Katy M. O’Brian
William Jackson Harper

Direção:
Peyton Reed

História e Roteiro:
Jeff Loveness

Produção:
Stephen Broussard
Kevin Feige

Fotografia:
Bill Pope

Trilha Sonora:
Christophe Beck

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