Chega uma premissa original: Guy Pearce de “Assassino Sem Rastro” é Bruce, um escritor que há mais de 20 anos vive isolado em seu sítio no deserto americano após uma tragédia ter acontecido no lançamento de seu primeiro livro. Até que um fã começa a assediá-lo tirando a sua paz, sendo que ele vai descobrir que há uma conspiração guardando segredos sinistros sobre sua própria obra.
Há um quebra-cabeças muito bem montado esperando ser descoberto e algumas boas reviravoltas. A inteligência do roteiro faz valer a pena, apesar da direção não ajudar. O ritmo oscila muito, sendo vagaroso no início, dando alguns desvios desnecessários no segundo ato, até o clímax onde, ao mesmo tempo em que tudo se resolve rápido, também é o momento que o diretor desconhecido Andrew Hunt tira para fazer a retrospectiva da história como a última peça do quebra-cabeças. Se funciona para o público entender melhor, o timing é bastante prejudicado.
A misteriosa personagem de Alice Eve (“Freelance”) tem sua serventia, mas se despede numa cena que insulta a mente do espectador, onde obviamente a mínima ação do protagonista poderia mudar o curso dos eventos a seu favor, mas daí ele fica inerte por conveniência do roteiro.
“Máquina Infernal” tem o clássico protagonista cuja jornada de auto descobrimento passa por caminhos tortuosos, através de um intrigante mistério e que só perde força, pois a direção não soube desenvolver uma linha narrativa tão impactante quanto seu roteiro, preferindo um piloto automático que ignorou os buracos no caminho.
Ficha Técnica:
Elenco:
Guy Pearce
Jeremy Davies
Eduardo Frazão
Jane Hammill
Alice Eve
Carlos Malvarez
Bella Alexandras
Rocco Salata
Ben Temple
Alex Pettyfer
Direção:
Andrew Hunt
História e Roteiro:
Andrew Hunt
Produção:
Julian Hicks
Lionel Hicks
Spencer McLaren
Fotografia:
Sara Deane
Trilha Sonora:
Nathaniel Levisay
