Eu Só Posso Imaginar (“I Can Only Imagine”)

Conta a história da maior banda gospel americana de todos os tempos, MercyMe, que acumula o recorde de mais de 21 hits número 1 nas paradas dos EUA, e da sua música de estréia que dá o título ao filme, “I can only imagine”. Mais precisamente, fala do seu líder e vocalista, Bart Milard, sua sofrida infância e adolescência com o pai, até a escalada para o sucesso.

Sim, é um filme gospel, daqueles feitos para o nicho cristão e portanto tem todos os elementos batidos do subgênero: estilo Sessão da Tarde, é feito em conta de chegada, ou seja, a gente já sabe o final, mas ele vai se construindo – incluindo a ficção e o glamour – durante seu desenvolvimento, e conta um elenco praticamente desconhecido, mas comum artista que geralmente já foi do primeiro escalão de Hollywood e agora funciona como coadjuvante de luxo (não que isso seja depreciativo).

A bola da vez é ótimo Dennis Quaid de “Juntos Para Sempre” e, diga-se de passagem, um dos grandes responsáveis por salvar o filme da mesmice do gênero. Como o pai malvado de Bart, ele encontra o equilíbrio perfeito que permite que o espectador se identifique com ele, principalmente no terceiro ato em seu momento de… bem, é previsível, mas vamos deixar você assistir.

Os irmãos Erwin, que dirigem a produção, são especialistas em filmes gospel com um currículo onde 90% é só desse nicho. Então já estão calejados e conseguem manusear bem o caminho do protagonista, mesmo que o ator que o interpreta, o novato J. Michael Finley seja meio chatinho.

Ao invés de cair em clichês, os diretores se jogam neles, já sabendo da boa reação que o público-alvo pode ter. Funciona bem esse tipo de construção nesse filme em específico porque conta uma história real sem necessariamente precisar de um milagre no roteiro ou outro artifício do tipo para se manter.

Eu Só Posso Imaginar” consegue escapar da bolha cristã sem forçar a barra para os outros públicos, formando um bom arco de história que pode cativar o espectador, mesmo que não deixe os maneirismos e os clichês do gênero de lado.

Curiosidades:

  • O DJ da rádio que é o primeiro a pegar o CD demo do MercyMe no último ato é o verdadeiro vocalista da banda, Bart Milard.
  • Na cena em que o personagem de Dennis Quaid passa mal num restaurante as meninas gêmeas numa mesa próxima que apontam para ele, são as próprias filhas de Quaid.
  • O personagem de Quaid diz que foi jogador de futebol americano e há uma cena em que aparece uma foto dele de uniforme. Essa foto é de uma cena em que ele interpretou um jogador em “Um Domingo Qualquer” de 1999.
  • Há uma cena em que o empresário da banda fala para que eles “Tragam a chuva” no show. “Tragam a chuva / Bring thr rain” é o nome de uma das canções do MercyMe.
  • Logo no início quando Bart ainda é criança em 1985, ele aparece passando por um cinema onde estão passando os filmes, “Tubarão 3D” e “Os Goonies”. Denis Quaid, que interpreta opai de Bart, também atuou em “Tubarão 3D”.
  • O fone de ouvido que Bart criança escuta em 1985 foi feito pela Sony, mas só lançado em 1991, o que é, portanto, um pequeno erro de temporalidade.
  • Apesar de ser um filme gospel, a atriz que interpreta a avó de Bart, Cloris Leachman, é ateia.
  • Para quem não conhece a banda MercyMe, fiquem com a música que os alçou ao sucesso:

Ficha Técnica:

Elenco:
J. Michael Finley
Madeline Carroll
Dennis Quaid
Trace Adkins
Cloris Leachman
Jason Burkey
Mark Furze
Randy McDowell
Cole Marcus
Alexander Dominguez
Brody Rose
Taegen Burns
J.R. Cacia
Tanya Clarke
Nicole DuPort
Jake B. Miller
Priscilla C. Shirer
Gianna Simone

Direção:
Andrew Erwin
Jon Erwin

História e Roteiro:
Jon Erwin
Brent McCorkle
Alex Cramer

Produção:
Cindy Bond
Kevin Downes
Daryl C. Lefever
Mickey Liddell
Pete Shilaimon

Fotografia:
Kristopher Kimlin

Trilha Sonora:
Brent McCorkle

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