Dessa vez os caras tiveram que rebolar para fazer com que a atriz Isabelle Fuhrman na época das filmagens com 23 anos (em 2020), ficasse igualzinha a seu personagem do filme antecessor de 2009, ou seja, 11 anos antes! Com um detalhe: esse é um filme de origem, ou seja, se passa antes mesmo do original! Foi de maquiagem até CGI para fazer a atriz ficar parecida. Olhem o resultado:
O subtítulo em inglês é meio enganador (First Kill = Primeiro Assassinato), bem como o português (A Origem), porque não é essencialmente sobre a origem de Esther, muito menos fala sobre seu primeiro assassinato, pois logo no início já sabemos que ela havia matado antes. Mas sim, fala sobre os eventos antes do primeiro filme.
Esther se encontra num hospício na Estônia (citado no original, inclusive) e depois que escapa de lá consegue assumir a identidade de uma criança americana desaparecida há 4 anos. Então vai para os EUA e se infiltra na família que mal sabe o que lhe espera.
O primeiro ato na Estônia é ótimo e, quando vemos que ela assume uma identidade falsa junto à família americana, a impressão é que simplesmente os eventos do primeiro filme vão se repetir, só que “com acesso aos bastidores”, ou seja, todo mundo já sabe quem ela é e o filme também mostra seus rompantes de loucura e seus planejamentos para desestruturar a família.
Entretanto, o roteiro foi inteligente em colocar um tempero, o qual é uma reviravolta em pleno segundo ato. Ele só não foi tão inteligente em arquitetar um plano que obviamente não iria dar certo, colocando personagens até então tão inteligentes numa óbvia arapulca.
O diretor William Brent Bell já experimentado em “O Boneco do Mal” (cuja essência é parecida com esta produção = algo maligno que não é o que parece e se infiltra numa família), comanda o desenvolvimento no modo automático, sem grandes ousadias, mas respeitando o contexto sem insultar a inteligência do espectador, mesmo com um terceiro ato com falhas de planejamento já citadas após a tal reviravolta.
“Órfã 2: A Origem” não decepciona, mas é pior que o primeiro. Pelo menos é digno de ser uma história de origem, com clichês que não atrapalham tanto e pelo menos uma boa surpresa narrativa.
Ficha Técnica:
Elenco:
Isabelle Fuhrman
Julia Stiles
Rossif Sutherland
Hiro Kanagawa
Matthew Finlan
Samantha Walkes
David Lawrence Brown
Lauren Cochrane
Gwendolyn Collins
Kristen Sawatzky
Jeff Strome
Andrea del Campo
Alec Carlos
Alicia Johnston
Direção:
William Brent Bell
Roteiro:
David Coggeshall
David Leslie Johnson-McGoldrick
Alex Mace
Produção:
Ethan Erwin
Alex Mace
Hal Sadoff
James Tomlinson
Fotografia:
Karim Hussain
Trilha Sonora:
Brett Detar