O Troll da Montanha (“Troll”)

A Noruega fez a sua versão de “Godzilla”. O problema é que ela pegou grande parte dos elementos americanizados e ruins de Godzilla para fazer algo mais globalizado e acabou ficando tão mediano quanto as versões do lagartão nipo-americano.

Após uma empreiteira explodir uma montanha para fazer um túnel, um Troll acorda e começa a vagar pelo país destruindo o que vê pela frente (o que convenhamos, não é muito).

Para enfrentar a ameaça, chamam uma arqueóloga, Nora (a desconhecida Ine Marie Wilmann) e mais uns três personagens que são os estereótipos de todo filme do gênero: o velho doido (no caso o pai de Nora) que no final das contas sempre esteve certo, um alívio cômico sem nenhuma outra função específica e o militar durão que no final é gente boa. Mais americano que isso, impossível. Tem até referência ao primeiro “Parque dos Dinaossauros”. Inclusive segue à risca todos os clichês do gênero, até mesmo as cenas em que os líderes da Noruega passam quase o filme todo sentados numa mesa de operações, como se não comessem e nem dormissem, e ainda por cima divididos entre os que querem destruir tudo e os que tem mais consciência para não o fazer.

Eles capricharam nos efeitos especiais e não devem nada a ninguém. Talvez a melhor cena seja no primeiro ato quando o Troll realmente mata uma galera que, ao contrário de Hollywood, nos dá uma boa visão das pessoas sendo soterradas.

Fora isso, o tal rastro de destruição se limita bastante a cenas sem mortes ou no máximo com aquelas chamadas “mortes assépticas”.

O desfecho é pra lá de questionável e soa até meio bobinho e esquisito, seja na atitude da protagonista ou no que acontece logo após que em tese seria bastante improvável. Para piorar a óbvia cena pós créditos acenando uma continuação já é completamente desnecessária.

Hollywood pode ter seus méritos, mas de vez em quando a Europa pega os piores cacoetes dos americanos e enfia na goela do espectador, resultando numa produção como “O Troll da Montanha”, que tinha um potencial de surpreender, mas cai numa mesmice forçada de tudo o que já foi visto antes.

Curiosidades:

  • Os gritos dos soldados foram retirados do game “Command & Conquer” de 1995.
  • Aquele alerta de evacuação de Oslo existe de verdade. Durante 2 vezes ao ano é feito um teste com ele.

Ficha Técnica:

Elenco:
Ine Marie Wilmann
Kim Falck
Mads Sjøgård Pettersen
Gard B. Eidsvold
Anneke von der Lippe
Fridtjov Såheim
Dennis Storhøi
Karoline Viktoria Sletteng Garvang
Yusuf Toosh Ibra
Bjarne Hjelde
Ameli Olving Sælevik
Billy Campbell

Direção:
Roar Uthaug

História e Roteiro:
Espen Aukan
Roar Uthaug

Produção:
Espen Horn
Kristian Strand Sinkerud

Fotografia:
Jallo Faber

Trilha Sonora:
Johannes Ringen

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