Acabou o oxigênio da Terra e a maioria da população que restou foi para uma estação espacial – a IO do título – onde, espera-se, poder dali encontrar um novo lar para raça humana.
Sam (Margaret Qualley de “Seberg”) é uma das únicas pessoas que ficaram na Terra que junto ao seu pai cientista, mas que está ausente, ficam fazendo testes para tentar achar um meio de fazer com que a natureza possa produzir oxigênio necessário novamente. Nesse cenário chega o Micah (Anthony Mackie de “Zona de Combate”) com um misterioso propósito.
Esse drama existencial apocalíptico não só é chatíssimo, como não diz coisa com coisa. Roteiro e direção não conseguem dar um norte para o enredo que parece começar querendo passar uma mensagem e lá pelo meio pega outro caminho, sendo que ambos os caminhos são ruins por si só.
O elenco se esforça até demais e suas ações e reações não são plausíveis e acabam se resumindo a caras e bocas e frases forçadas, além de diálogos intermináveis com filosofias que perderiam de longe para uma mesa de bar.
As revelações que o roteiro tenta chamar de reviravoltas são previsíveis desde o início sem que o espectador saiba para que se dar ao trabalho de dar tantas voltas em torno de coisas óbvias.
O desfecho tenta insultar a inteligência do público de tantas formas diferentes que quando ele se dá, ninguém mais se importa, visto que as motivações de ambos os personagens nunca fizeram sentido e não seria no fim que haveria alguma explicação.
“IO – O Último na Terra” queima a largada e já começa como uma grande decepção que apenas vai se confirmando até não sobrar mais nada.
Ficha Técnica:
Elenco:
Margaret Qualley
Anthony Mackie
Danny Huston
Tom Payne
Direção:
Jonathan Helpert
História e Roteiro:
Clay Jeter
Charles Spano
Will Basanta
Produção:
Jason Michael Berman
Laura Rister
Fotografia:
André Chemetoff
Trilha Sonora:
Alex Belcher
Henry Jackman