Barney (Paul Giamatti de “Almas à Venda“) é Barney, um solitário e sexagenário produtor de uma série de TV que teve uma vida de excessos e um único amor, Miriam (a belíssima Rosamund Pike de “Educação“). Divorciado dela e já com indícios de Alzheimer, ele relembra sua vida e suas escolhas para que tivesse chegado naquele ponto.
O espectador tem que esperar uns 30 minutos até o filme começar de verdade. É porque inexplicavelmente essa primeira meia hora nada acrescenta na trama principal, quando Barney conhece Miriam. Pelo contrário, a seqüência inicial se revela enfadonha tentando de iniciar como uma comédia e, no máximo estabelece a dinâmica da amizade entre Barney e Boogie (Scott Speedman de “Os Estranhos“), personagem que desempenha um papel importante um pouco mais a frente. Quando a narrativa engrena, o público provavelmente já deve estar cansado. Mas até que vale a pena ver Giamatti em mais uma interpretação arrebatadora, principalmente rumo ao último ato.
O elenco todo parece estar afinado, principalmente com a participação mais que especial do veterano Dustin Hoffman (“Tinha que Ser Você“) como o impagável e carismático pai de Barney. A trilha sonora também tem seu ponto alto, composta pelo italiano Pasquale Catalano, acerta em cheio os momentos românticos, dramáticos e tem um clímax perfeito.
“A Minha Versão do Amor” seria perfeito se tivesse 90 minutos, duração média de um longa metragem. Mas tem 132 minutos com histórias paralelas de interesse nulo e que muito menos acrescenta à trama que realmente importa. Mas quem é fã de Paul Giamatti faz uma forcinha.
Ficha Técnica
Elenco:
Paul Giamatti
Minnie Driver
Scott Speedman
Dustin Hoffman
Mark Addy
Bruce Greenwood
Rosamund Pike
Jake Hoffman
Rachelle Lefevre
Saul Rubinek
Direção:
Richard J. Lewis
Produção:
Robert Lantos
Ari Lantos
Domenico Procacci
Lyse Lafontaine
Fotografia:
Guy Dufaux
Trilha Sonora:
Pasquale Catalano