Depois de fazer o açucaradíssimo “Crepúsculo – Lua Nova”, o diretor Chris Weitz gostou e partiu para uma obra quase diabética e que se apropria de tantos clichês que a própria sinopse é um: Demian Bichir de “Che – O Argentino” e que foi indicado ao Oscar por esse papel, é Carlos, um imigrante mexicano ilegal nos EUA que sonha em dar uma vida melhor para o filho Luis.
Daí, todas as situações próprias desse contexto eventualmente acontecem: o perigo de ser pego pela imigração americana, a difícil relação com o filho, o qual se mete com gangues latinas, a dificuldade de trabalho, entre outras. Só que em momento algum o roteiro expõe alguma trama mais específica, como se a história fosse apenas um genérico da vida do mexicano ilegal.
Pra piorar, não há nenhum esforço dos realizadores ou do elenco de imprimir qualquer energia ou esforço para cativar ou emocionar o público, o qual deve assistir à produção no piloto automático. Seu desfecho se dá com desleixo total e, num retrospecto, nenhum dos temas envolvendo as dificuldades do imigrante é tratada no nível emocional, mas simplesmente num descritivo frio.
“Uma Vida Melhor” entra mudo e sai calado, numa história que tinha tudo para emocionar, mas passa longe disso.
Ficha Técnica
Elenco:
Demian Bichir
Eddie ‘Piolin’ Sotelo
Joaquín Cosio
José Julián
Nancy Lenehan
Gabriel Chavarria
Bobby Soto
Chelsea Rendon
Direção:
Chris Weitz
Produção:
Jami Gertz
Paul Junger Witt
Stacey Lubliner
Christian McLaughlin
Chris Weitz
Fotografia:
Javier Aguirresarobe
Trilha Sonora:
Alexandre Desplat