Sem Limites (“Limitless”)

Bradley Cooper de “Esquadrão Classe A” é Eddie Morra, um pretenso escritor que nunca chegou a começar seu livro e vive uma vida medíocre. Ao cruzar com um conhecido, é apresentado a uma droga que faz seu cérebro usar 100% de sua capacidade, transformando-o assim num superdotado. O problema é que por ser de origem desconhecida, há outros muito interessados e capazes de matar pela droga e Eddie terá que escapar vivo, além de lidar com os perigosos efeitos colaterais que ela provoca.

De Neil Burger, diretor do mediano “O Ilusionista“, a produção consegue prender a atenção do espectador principalmente nos dois primeiros atos, onde lida com a imensa capacidade cerebral adquirida por Eddie, os perigos que o rondam e, principalmente seu relacionamento com um poderoso empresário, vivido por Robert de Niro (“Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família“), como uma espécie de Gordon Gekko contemporâneo.

O problema é quando se analisa o roteiro vendo um contexto geral. Sem gerar um spoiler, dá pra se questionar do motivo que as outras pessoas que usaram a droga (inclusive há mais tempo que Eddie) não conseguiram montar um esquema de controlar seus efeitos colaterais, apelando, como se mostra, por uma violência gratuita e inconsistente com o suposto QI adquirido. O diretor tenta (e quase consegue) disfarçar a lacuna com composições visuais bem elaboradas, apesar de muitas vezes se entregar a repetição, como a própria seqüência de abertura.

Com um elenco honesto, mas no piloto automático, seu desfecho força um pouco a barra, quase que brincando com a história já contada. Baseado no livro de Alan Glynn, “Sem Limite” é um bom filme de ação com um pouco de suspense e bastante viagem pra quem quiser apertar os cintos. Pelo menos, ao contrário da droga, não tem efeitos colaterais.


Ficha Técnica

Elenco:
Bradley Cooper
Robert De Niro
Abbie Cornish
Andrew Howard
Anna Friel
Johnny Whitworth

Direção:
Neil Burger

Produção:
Leslie Dixon
Ryan Kavanaugh
Scott Kroopf

Fotografia:
Jo Willems

Trilha Sonora:
Season Kent
Happy Walters

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Respostas de 2

  1. cara, achei muito louco esse filme, muito mesmo, mas louco de bom!!
    a fotografia bem diferente, algumas cenas muito parecidas com “requiem para um sonho”, com aqueles cortes rápidos que dao mais dinamismo. mas o que achei mais interessante foi a ideia do filme, tipo…o cara na verdade nunca ficou forte ou bonitao ou coisa do tipo,ele apenas se sentia assim(isso prova que uma boa autoestima vale muito).
    ele começa meio gordo, estranho, ae toma a parada, malha menos de uma semana e fica forte, a pele fica bronzeada e corada, os cabelos bonitos, entao ele para um ou dois dias e tudo volta a ser como antes.
    o clima “azulado” que permeia antes de se usar a droga e o “colorido” do depois de usa-la foi outra coisa que merece destaque.
    filme muito bom, pena que, como vc disse, aldo, parece que as vezes existia falhas nesse super QI, como se a droga perdesse o efeito por alguns momentos.

    destaque para a cena vampiresca…brother…sem noçao aquilo…a dose seria infima, e isso sem levar em consideraçao que já fazia tempo que ele havia aumentado a quantidade.acho que o autor nao tomou a pipula dele quando criou a cena. mas fora isso, filmao! =)

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