Marca da Vingança (“Heartless”)

Jim Sturgess de “O Espião” é Jamie, um jovem fotógrafo que passou a vida atormentado por ter uma marca de nascença como uma mancha escura que pega o lado esquerdo do rosto, indo até o braço. Seu falecido pai parecia ser o único que o entendia. Vivendo no subúrbio de Londres, com uma violência crescente, ele presencia atrocidades de seres que não parecem humanos e passar a ficar obcecado por eles. Após a violenta morte de sua mãe num aparente ataque desses seres, ele parte em busca de vingança e faz um pacto com o diabo, o qual tira sua mancha. O que ele não sabia é que, como retorno, Jamie terá que matar alguém até o fim do dia.

Um bem elaborado filme que mistura terror, suspense e drama onde só os mais atentos conseguirão adivinhar a grande (ou nem tanto) reviravolta antes de sua revelação. Sturgees sabe muito bem explicitar o tormento do personagem, às vezes com um pouco de afetação em excesso, diga-se de passagem. Destaque para a trilha sonora, cantada pelo próprio protagonista, cujo dom foi herdado do lindo musical “Across the Universe“. E também para o sensacional Eddie Marsan (“O Desaparecimento de Alice Creed“) como o Homem das Armas, a mando do diabo, numa performance ao mesmo tempo hilária e ameaçadora.

Marca da Vingança” com todos os seus bons predicados ainda é muito longo e com ritmo muitas vezes descontinuado, além de ficar requentando certos temas recorrentes. Vale também pelo seu desfecho que combina o trágico a uma linda redenção. Uma combinação peculiar cujo resultado é um pouco acima da média para um público selecionado.


Ficha Técnica

Elenco:
Jim Sturgess
Clémence Poésy
Noel Clarke
Joseph Mawle
Eddie Marsan
Luke Treadaway
Timothy Spall
Ruth Sheen
Jack Gordon

Direção:
Philip Ridley

Produção:
Pippa Cross

Fotografia:
Matt Gray

Trilha Sonora:
David Julyan

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Respostas de 4

  1. um filme derrepeito e se pretar atenção, peca em alguns quisitos, normal para qualquer filme, mas tem uma atuação de gala do presonanegn principal e o resto do elenco, deixa alfguns sucessos americanos no chinelo

  2. Gostei bastante do filme, a tal reviravolta nos faz pensar na estúcia em que o reteiro apresenta. Achei o Jim Sturgees muito bom em seu trabalho, e de fato prestando atenção em todos os detalhes é possível deduzir o final, mas não com a maestria que ele tem. O Trágico e a redenção realmente são misturadas trazendo emoção para seu final. É um filme que nos mantém mudo ao seu término.

  3. Aos meus olhos ele mostra com maestria a dinâmica psíquica de uma esquizofrênico em crise, esta, acentuada pela morte da mãe. A forma como o mundo alucinatório do garoto se mistura com o grotesco mundo real – terrorificado pela vingança da gangue do sobrinho – é tão belo e anestesiante, como mergulhar em similar mistura, expressa nas cores e formas das telas de Salvador Dali. Não sei se era essa a intenção interpretativa dos roteristas… mas, a boa arte é aquela que permite vários olhares, tantos, que ficamos intrigados por não sabermos o sentido real do conjunto da obra, estado de atordoamento este, que a vida é mestre em nos deixar… até ficarmos sem coração.

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