Hotel Transilvânia: Transformonstrão (“Hotel Transylvania: Transformania”)

A franquia “Hotel Transilvânia” já deu. Aliás, não deveria ter nem passado do segundo. Já deu inclusive para Adam Sandler que não mais participar desta continuação como o protagonista Conde Drac (entrou o desconhecido Brian Hull). O título do filme em português então, “Transformonstrão”, é de uma mediocridade tamanha e poderiam simplesmente deixar como o original “Transformania”.

Por outro lado, essa talvez seja a melhor história – não tão bem executada – já escrita desde o original. Isso porque a temática retorna ao primeiro, que deu origem à série, sobre a aceitação dos humanos pelos monstros e vice-versa.

Johnny, humano meio debilóde marido de Mavis, filha de Drac, sempre foi o personagem mais subestimado da série. Aqui os realizadores corrigem esse erro. Johnny descobre uma ferramenta que o transforma em mostro e ele a usa para ser mais aceito por todos. Só que ao mesmo tempo, no meio da confusão, esse artefato transforma todos os monstros principais em humanos normais, incluindo Drac, e acaba se quebrando. Para consertar o cristal quebrado do cedro, o recém monstro Johnny e o recém humano Drac, terão que fazer uma perigosa viagem às selvas da Amazônia e achar o novo cristal.

Se a essência retorna, o grande barato da animação é ver Drac e seus amigos que se transformaram em humanos lidarem com coisas simples da vida que agora afetam a sua vulnerabilidade. De início é engraçado, apesar de não conseguirem explorar todas as possibilidades.

Como a série sempre tratou os personagens de forma superficial, a linha da trama principal que é, achar o cristal antes que as mudanças sejam irreversíveis, não parece alarmante para o espectador. Tanto que o clímax não tem o efeito desejado, apesar do carisma de alguns dos personagens ser indiscutível.

Hotel Transilvânia 4” tenta fugir dos clichês da série, apostando em sua essência, mas sua realização resulta numa qualidade em linha com os demais. Bonzinho, mas esquecível.

Curiosidades:

– Steve Buscemi dá voz ao lobisomem. Quando ele se transforma em humano, diz que o nome dele é Walter. É uma piada interna, pois no filme “O Halloween de Hubbie” ele interpreta um homem que pensa que é lobisomem chamado Walter.
– Filme mais curto da franquia com 87 minutos.
– Primeiro filme da franquia a ter dois diretores.
– Primeiro filme da franquia em que o título só aparece no final.
– No primeiro filme, Griffin, o homem invisível diz que ele tem cabelos encaracolados ruivos. E finalmente descobrimos que é verdade.
– Além de Adam Sandler, Kevin James também não participou dessa continuação dublando o Frankestein, sendo substituído por também um ator desconhecido, Brad Abrell. Ambos os substitutos de Sandler e James tem primeiros nomes começando com as letras “BR”.

Ficha Técnica

Elenco:
Andy Samberg
Selena Gomez
Kathryn Hahn
Jim Gaffigan
Steve Buscemi
Molly Shannon
David Spade
Keegan-Michael Key
Brian Hull
Fran Drescher
Brad Abrell
Asher Blinkoff
Zoe Berri
Tyler Blevins
Genndy Tartakovsky
Asher Bishop
Jennifer Kluska
Victoria Gomez

Direção:
Derek Drymon
Jennifer Kluska

Produção:
Alice Dewey Goldstone

Trilha Sonora:
Mark Mothersbaugh

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