Os EUA têm pressa e 8 anos depois de um filme chamado “Phasma Ex Machina” (ou “Ghost From the Machine”) ter sido lançado e avaliado de forma mediana, Hollywood já fez uma nova versão que, para surpresa de zero pessoas, também não vai muito além de seu molde anterior.
Thomas Mann de “Halloween Kills” é Ethan, um jovem gênio que está à beira de inventar uma máquina que gera eletricidade wireless, só que seus pais morrem num acidente e ele tem que voltar para casa para cuidar de seus irmãos mais novos. Quando volta a fazer experimentos com a máquina em sua garagem, estranhos fenômenos sobrenaturais começam a acontecer que pode estar relacionados com a sua invenção.
O tom, que começa como uma vantagem na trama, termina como uma das maiores desvantagens, ao lado da direção fraca de Anthony Scott Burns, conhecido somente por um dos curtas-metragens que compõe o filme de terror “Feriados“.
O primeiro ato é muito bom justamente porque o espectador não sabe qual o rumo que a história vai tomar, se recai num terror puro de assombração ou foca num suspense sobrenatural mais dramático. Só que chega o segundo ato e o último ato e a produção continua sem se decidir, onde pouquíssima coisa aconteceu, como se o roteiro ficasse enrolando e dando voltas para esticar a duração do filme, sem que haja um conteúdo que o movimente.
Mas se assim estava ruim, quando, no final, o diretor decide engrenar, tudo piora. Isso pelo simples fato de que ele não sabe sequer filmar uma cena de susto ou até mesmo o básico de uma sequência que envolva um pouquinho mais de tensão. O que se tem é um clímax todo bagunçado, com uma enxurrada de erros de continuidade, pouco sentido e que ainda faz com que o público tenha tempo de analisar em retrospecto toda a construção equivocada do enredo.
“Ecos da Escuridão” não sabe para onde ir e não vai, marcando passo até o diretor decidir estragar o pouco que tinha.
Curiosidades:
- A banda Eletric Youth assina a trilha sonora, mas depois que viram o resultado da pós produção onde a história foi radicalmente alterada, decidiram se desvincular do filme. A trilha sonora que eles compuseram foi lançada num álbum chamado “Breathing”, que era o título original em inglês antes de mudar para “Our House”.
- No final, há uma placa na casa à venda com a corretora de nome Diana Magnus. Ela é a diretora de arte do filme.
- A primeira vez que a máquina é ligada, seu marcador mostra os números 666 666.
Ficha Técnica:
Elenco:
Thomas Mann
John Ralston
Percy Hynes White
Lucius Hoyos
Allison Hossack
Kate Moyer
Nicola Peltz Beckham
Marcia Bennett
Robert B. Kennedy
Direção:
Anthony Scott Burns
História e Roteiro:
Nathan Parker
Produção:
Martin Katz
Karen Wookey
Fotografia:
Anthony Scott Burns
Trilha Sonora:
Mark Korven