Como não pensaram nisso antes? Quem nunca imaginou uma partida de paintball só que com balas de verdade? Essa produção espanhola falada em inglês – dos mesmos realizadores de “REC” e sua continuação – traz oito estranhos que participam de uma partida de paintball dentro de uma mata isolada. O problema é que há algum serial killer todo armado cujo objetivo é eliminar todos os participantes.
Talvez pareça mais um daqueles filmes de psicopatas, mas não é. Primeiro que o ritmo é frenético desde o início. A câmera sempre se posiciona como se fosse um filme de guerra, com destaque para a cena feita quase que ininterruptamente desde o momento em que eles se conhecem dentro do ônibus que os levam ao campo, até o momento de um fogo cruzado quase dez minutos depois quando eles entram em outro ônibus, esse já abandonado dentro do campo de batalha, para se protegerem.
A produção conta com todos os elementos de um ótimo terror de ação: mortes violentas, personagens inteligentes (taí um diferencial enorme nesse tipo de obra) e uma história que vai crescendo e exercendo pequenas, mas consistentes reviravoltas. O diretor teve uma ótima sacada com a câmera mostrando a maneira como o psicopata enxerga por um visor especial, o que nos momentos certos, eleva a tensão a um grau acima da média dos manufaturados de Hollywood.
Como se não bastasse, “Paintball” tem a duração certa (85 minutos) para conseguir entreter com inteligência sem perder tempo ou entediar o espectador. Uma pérola do terror nas locadoras. Não percam.
Ficha Técnica
Elenco:
Brendan Mackey
Jennifer Matter
Patrick Regis
Neil Maskell
Iaione Pérez
Anna Casas
Peter Vives
Felix Pring
Claudia Bassols
Direção:
Daniel Benmayor
Produção:
Julio Fernández
Fotografia:
Juanmi Azpiroz
Trilha Sonora:
Maikmaier
Xavier Capellas