Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte Um (“Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One”)

O novo “Missão Impossível” tem algumas missões quase impossíveis. Mas nenhuma delas é provar que Tom Cruise é o maior astro do mundo na atualidade e talvez de todos os tempos. Isso ele já provou em “Top Gun Maverick” que, não só é um filmaço, mas salvou o cinema como instituição depois da ameaça na pandemia de COVID ter quase enterrado a experiência cinematográfica em prol da metralhadora de filmes do streaming.

Cruise fez uma ferrenha campanha pró-cinema, juntando toda a comunidade de artistas e provou que tem tudo: técnica, talento, relevância, sendo endeusado por gente do calibre de Steven Spielberg ou Keanu Reeves, para dizer o mínimo (a frase “Você salvou o cinema” foi dita a ele por Spielberg).

Seu novo filme, entretanto, tem duas grandes missões a cumprir: a primeira é provar que a franquia não está esgotada, partindo da regra de ser cada vez mais épico; e a segunda é tecer cenas de ação impossíveis que se pareçam possíveis aos olhos do público para que não passe o mesmo vexame que o último “Velozes e Furiosos 10” onde parecia que estávamos diante de um vídeo game. A resposta é que sim, a produção – pelo menos nessa primeira parte – cumpre as duas missões e com louvor.

A história não só é mais épica como também mostra um inimigo como nenhum outro: a inteligência artificial. É como se fosse a versão pé no chão da Skynet de “Exterminador do Futuro”. Para não dar muitos spoilers, basta dizer que o agente Ethan Hunt e seu time precisam encontrar uma chave para tentar parar uma “entidade” de inteligência artificial que pode tomar conta do mundo. O problema é que eles não sabem como é a chave, o que ela abre e onde está o que ela abre, muito menos como tudo funciona. Mais que isso, Hunt deverá enfrentar um inimigo do seu passado (ok, isso é clichê).

O filme é composto por 5 vastas sequencias de ação de todos os formatos e tamanhos, onde Cruise dá as mais fantásticas piruetas, e para quem já viu o trailer, sabemos pelo menos uma das mais perigosas feita por ele sem dublês.

O que muda é que o diretor Christopher McQuarrie, parceiraço de Cruise desde “Jack Reacher” até os últimos episódios da franquia “Missão Impossível” escolheu o máximo de efeitos práticos possíveis (não digitais), construindo enormes estruturas para cenário de suas sequencias de ação. Funciona perfeitamente no sentido do espectador saber que é mentira, mas ver como uma realidade de grau altíssimo, tamanha é a minúcia de composição de cada cena, claro com o olho perfeccionista de Cruise que também é produtor.

O resultado é uma história que foge das regras normais através de um tema mais que relevante, com efeitos espetaculares, um humor na medida certa, sem deixar a tensão de lado, tudo meticulosamente encaixado para um espetáculo que só o cinema pode proporcionar. Assim teria falado Tom Cruise. E por aqui concordamos.

Ficha Técnica:

Elenco:
Tom Cruise
Hayley Atwell
Ving Rhames
Simon Pegg
Rebecca Ferguson
Vanessa Kirby
Esai Morales
Pom Klementieff
Henry Czerny
Shea Whigham
Greg Tarzan Davis
Frederick Schmidt
Mariela Garriga
Cary Elwes
Charles Parnell
Mark Gatiss
Indira Varma
Rob Delaney

Direção:
Christopher McQuarrie

História e Roteiro:
Erik Jendresen
Christopher McQuarrie

Produção:
Tom Cruise
Leifur B. Dagfinnsson
Christopher McQuarrie

Fotografia:
Fraser Taggart

Trilha Sonora:
Lorne Balfe

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