Não… Não é aquele filme do M. Night Shyamalan. Mas infelizmente não fica tão na frente.
Nessa produção espanhola, um grupo de amigos se reúne numa cabana para celebrar o reencontro depois de tantos anos. No meio de uma acalorada discussão à noite, eles percebem um estrondo parecido com um trovão que faz com que todas as fontes de energia se apaguem e os relógios parem. No outro dia um dos amigos desaparece e, eles, sem transporte, começam a caminhar em busca de alguém para ajuda-los. Não só não acham como cada integrante do grupo começa a desaparecer misteriosamente.
Sim… Parece ser mais ou menos uma mistura de “Lost” com “Fenda no Tempo” baseado na obra de Stephen King de 1995. E sendo muito bem filmado, pelo menos na maior parte do tempo, ele passa a impressão de ser uma história profunda e um suspense sobrenatural que até o fim do segundo ato, faz o espectador criar uma expectativa de pelo menos um vislumbre da natureza dos eventos que ocorrem e do grande potencial impacto rumo ao fim.
E é justamente em seu último ato que a história desanda e frustra o público, pois apesar das pistas dadas, elas simplesmente ficam sem a mínima serventia, depois que se constata que os roteiristas começaram algo que foram desenvolvendo, mas sem saber da conclusão.
O próprio elenco entra muito bem no espírito da trama, mas nem eles, nem a boa execução, fotografia e nem mesmo a ótima trilha de Lucio Godoy (“Os Implacáveis“) salvam “Fim dos Tempos” de um desfecho insípido e sem sentido. E mesmo que não precisasse de um sentido, ainda fica a sensação de vazio, como se literalmente o espectador fosse em direção a uma névoa e sumisse sem mais nem menos.
Ficha Técnica
Elenco:
Miquel Fernández
Antonio Garrido
Daniel Grao
Sofía Herraiz
Clara Lago
Eugenio Mira
Blanca Romer
Carmen Ruiz
Andrés Velencoso
Maribel Verdú
Direção:
Jorge Torregrossa
Produção:
Mercedes Gamero
Mikel Lejarza
Enrique López Lavigne
Fotografia:
José David Montero
Trilha Sonora:
Lucio Godoy