É uma espécie de “Atividade Paranormal”, só que pior. Sem o menor sentido de porque uma mulher faria um documentário sobre sua mãe aparentemente lunática que há mais de vinte anos matou três pessoas numa sessão de exorcismo, o filme segue a técnica atualmente usada das maneiras mais inconseqüentes possíveis.
Não há motivos para a existência desse documentário, muito menos se explica como ele foi encontrado e editado, como se o espectador tivesse que aceitar passivamente o que lhe é jogado na tela, insultando a sua inteligência. A protagonista é a bonitinha paulista Fernanda Andrade (lembra a Cleo Pires) como Isabella, radicada americana que tem uma linda boca e vai a Roma em busca de explicações sobre sua mãe que lá se encontra internada. Desconfiando possessão demoníaca, ela pede ajuda de dois padres desgarrados da igreja que realizam exorcismos clandestinos.
O roteiro é tão contraditório que os padres se escondiam da igreja para realizar os exorcismos, toparam na hora participar do documentário e depois ainda cogitaram em abrir pra igreja o que estavam fazendo com a mãe de Isabella. Além disso ainda é óbvio: logo após falarem sobre a teoria sobre a transferência de espíritos de um corpo para outro, tava na cara o que ia acontecer. Os sustos são aqueles básicos que só se baseiam em gritos súbitos ou em caras feias indo de encontro à câmera rapidamente. Tudo com pouquíssima inovação.
O elenco é harmonicamente chato e nem Fernanda Andrade se salva com toda sua beleza. Ainda haveria esperança, não fosse um dos piores desfechos da história do gênero que rivaliza com “A Bruxa de Blair” o prêmio. No final de “Filha do Mal” quem fica possuído é o espectador.
Ficha Técnica
Elenco:
Fernanda Andrade
Simon Quarterman
Evan Helmuth
Suzan Crowley
Bonnie Morgan
Direção:
William Brent Bell
Produção:
Morris Paulson
Matthew Peterman
Fotografia:
Gonzalo Amat
Trilha Sonora:
Brett Detar
Ben Romans