Feliz Natal (“Christmas Bloody Christmas”)

Para os fãs de terror trash, taí um filme interessante que seria ainda melhor se abraçasse a sua essência. Como num “Exterminador do Futuro Natalino”, a história é sobre um robô de Papai Noel que serve de enfeite numa loja de brinquedos e daí perde o controle sai matando todo mundo que vê, caçando especialmente nossa heroína Tori (a desconhecida Riley Dandy), dona da loja de discos ao lado.

O filme começa com um caos de diálogos entrecortados para simular a movimentação natalina e talvez para lembrar um pouco daqueles diálogos “tarantinescos”, mas sem a inteligência do diretor.

O que interessa de verdade é na hora da carnificina: o fato do Papai Noel assassino ser um robô é que ele só é destruído conforme a conveniência do roteiro, ou seja, os personagens derrubam ele várias vezes, mas ele sempre se levanta… até não mais.

A maior vantagem da produção também é a maior desvantagem: as mortes são excelentes, a maquiagem para os efeitos especiais da violência gráfica é ótima, mas eles nunca deixam a morte rolar por completo. Sempre o diretor corta rapidamente como se não quisesse deixar o espectador ávido pelo sangue do trash se deliciar. Fica aquela sensação de cortar o barato, justo do principal.

A falta de budget fica clara em quase todos os aspectos, inclusive na canastrice do elenco que parece ter sido feito para morrer – e a gente torce para que isso aconteça – com exceção, é claro, da protagonista que tem uma ótima presença de palco.

Se “Feliz Natal” tivesse apostado em mostrar mais as mortes bem elaboradas, teria sido um trash acima da média, mas preferiu se refrear sem dar nada mais em troca e entrando naquele limbo mediano dos filmes que dificilmente serão vistos se alguém não indicar.

Curiosidades:

  • A casa de Tori e a casa do vizinho praticamente são o mesmo cenário. Fizeram o exterior de uma ser o interior de outra para economizar.
  • O diretor Joe Begos faz uma participação como o vizinho que reclama da batida do carro. Aliás, tirando os personagens principais, quase todos os figurantes são membros da equipe.
  • O filme tem uma média de 5,6 palavrões por minuto.
  • A loja de brinquedos T.W. Bonkers do filme existe de verdade. Ela foi decorada pela produção que depois permaneceu com a decoração para os clientes na época do Natal.
  • O ator que interpreta o Papai Noel robô assassino já havia interpretado um Papai Noel 10 anos antes no filme “A Country Christmas” de 2013.
  • A protagonista Riley Dandy filmou dois filmes natalinos em sequencia. Este de terror e o de romance “Natal em Hollywood”.

Ficha Técnica:

Elenco:
Riley Dandy
Sam Delich
Jonah Ray
Dora Madison
Jeff Daniel Phillips
Abraham Benrubi
Jeremy Gardner
Graham Skipper
Kansas Bowling
Joe Begos
Josh Ethier
Elliott Gilbert
Adam Dietrich
Matt Mercer
Aerial Washington

Direção:
Joe Begos

História e Roteiro:
Joe Begos

Produção:
Joe Begos
Josh Ethier

Fotografia:
Brian Sowell

Trilha Sonora:
Steve Moore

DIREÇÃO

Avaliações dos usuários

Não há avaliações ainda. Seja o primeiro a escrever uma.

Avalie o filme

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on telegram