Cemitério Maldito: A Origem (“Pet Sematary: Bloodlines”)

Nem é bem sobre a origem do cemitério maldito, apesar de ter 5 minutos constrangedores falando sobre. Parece um monte de gente fantasiada de pirata no filme. Mas o filme é sobre acontecimentos cerca de 30 anos antes do primeiro “Cemitério Maldito”, clássica adaptação de Stephen King feita em 1989.

Traz uma série de vínculos com o que viria a ser esse clássico o que tornaria a história até interessante se não fosse tão mal contada, produzida e dirigida. Tanto que o protagonista Jud Crandall, vivido por Jackson White de “Ambulância – Um Dia de Crime” é inclusive um dos personagens – já mais velho – no original de 1989.

Ele está prestes a sair da Cidade de Ludlow com sua namorada quando um acidente o faz descobrir que seu amigo Timmy (Jack Mulhern de “O Último Assalto”) voltou da guerra diferente, enquanto o espectador já sabe desde o início que ele morreu e seu pai (David Duchovny de “A Bolha”) o enterrou no tal cemitério e daí ele reencarnou trazendo consigo uma entidade maligna. Então membros da cidade se mobilizam para deter a ameaça.

A história consegue infringir quase todas as regras colocadas no livro e filme originais sem nenhum motivo aparente, mas como uma licença poética descabida que acaba por estragar tudo o que o espectador (que viu o primeiro filme ou o remake de 2019) havia aprendido.

Também é mal dirigido, cheio de edições mal-feitas, tornando a maioria das cenas dos sustos absurda pela velocidade com que os mortos chegam em suas vítimas. Para dar apenas um exemplo, os ossos dos mortos se estalam a qualquer movimento que fazem… menos quando estão prestes a matar, o que não faz sentido. Por essas e outras, as cenas que deveriam ser as mais tensas se tornam as mais risíveis, principalmente quando os personagens que morrem cometem as maiores burrices.

Sem contar alguns absurdos como um personagem que morre com uma espingarda atravessada em seu corpo, o que seria impossível do jeito que foi feito. E o que dizer da produção que parece aquelas que eram feitas diretamente para a televisão na década de 90 onde os elementos técnicos parecem sempre ter baixa qualidade.

Cemitério Maldito – A Origem” é o filme mais desnecessário e mal ajambrado da franquia que, depois dessa, deveria receber um ponto final e não ressuscitar mais.

Curiosidades:

  • O espírito que aparece no clássico “Cemitério Maldito” de 1989 é Timmy (logicamente interpretado por outro ator).
  • Uma das grandes diferenças entre o que fala o original é que, segundo o livro e filme, Timmy e seu pai morrem queimados num incêndio em sua casa, sendo que aqui eles têm uma morte completamente diferente. O que pode-se imaginar, entretanto, é que para todos os efeitos, os sobreviventes mentiram dizendo que ambos podem ter morrido no incêndio apenas para despistar.
  • No filme original, a família Washburn é branca, enquanto aqui Marjorie Washburn é negra, interpretada pelo ícone Pam Grier.
  • O cachorro de Timmy, Hendricks, na verdade é um cão australiano chamado Jellybean e é completamente surdo.

Ficha Técnica:

Elenco:
Jackson White
Natalie Alyn Lind
Forrest Goodluck
Isabella LaBlanc
Henry Thomas
Jack Mulhern
David Duchovny
Samantha Mathis
Pam Grier
Christian Jadah
Steve Love
Karl Graboshas
Vincent Leclerc
Glen Gould
Matt Holland

Direção:
Lindsey Anderson Beer

História e Roteiro:
Lindsey Anderson Beer
Jeff Buhler

Produção:
Lorenzo di Bonaventura
Mark Vahradian

Fotografia:
Benjamin Kirk Nielsen

Trilha Sonora:
Brandon Roberts

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