Capitão América: Guerra Civil (“Captain America: Civil War”)

Um dos aspectos mais interessantes e empolgantes nos filmes da Marvel é que os roteiristas entrelaçam a vida, o passado e o futuro de seus personagens. Com pouquíssimas falhas, até mesmo o desnecessário (como a presença do Homem-Aranha, já amplamente divulgada nos trailers) se torna essencial. Mas apesar deste talvez não ser o melhor filme do mundo cinematográfico da Marvel, talvez seja o que tem conexões mais surpreendentes e dramáticas com nossos heróis.

Pegando um tema que também foi explorado no universo DC em “Batman Vs Superman”, o mundo começa a ficar preocupado com a influência dos Vingadores depois que um incidente na África mata alguns inocentes e daí há um retrospecto de todos os filmes onde muitos morreram no ataque de alienígena de Nova York em “Os Vingadores”, na destruição do prédio da SHIELD em Washington em “Capitão América: Soldado Invernal” e na destruição da cidade de Sokovia em “Vingadores: Era de Ultron”. A ONU liderada pelo General Ross (que odeia o Hulk, por sinal) faz um documento onde os Vingadores devem assinar, o que os controlaria como parte de uma iniciativa governamental e não como um grupo privado. O Homem de Ferro quer assinar. O Capitão América não. E quando Bucky (o Soldado Invernal) entra em cena, a briga entre os dois super heróis começa e arrasta seus colegas para lados opostos, enquanto um novo vilão se esgueira pelas sombras.

Apesar de um número cada vez maior de personagens, os irmãos Russo (que também dirigiu o “Capitão América” anterior) foram hábeis em dar a todos os seus momentos e principalmente explorar cada vez mais os seus poderes num magnífico embate de forças.

As novas aquisições, Pantera Negra e Homem Aranha foram acertadíssimas, pois enquanto o primeiro interpretado por Chadwick Boseman (O Deus da Sabedoria em “Deuses do Egito”) faz parte de um dos temas do filme, a vingança, e mostra que não está de brincadeira com a sua roupa de Vibranium (mesmo material escudo do Capitão América), o Homem Aranha, apesar de aparecer por puro hype da aquisição dos direitos autorais do personagem, acaba sendo o melhor de todas as suas encarnações com o jovem Tom Holland (“No Coração do Mar”) e praticamente é uma atração à parte.

Os efeitos especiais são de cair o queixo, principalmente logo no início, quando fazem um determinado personagem parecer muito mais jovem como fizeram com Michael Douglas em “O Homem Formiga”, numa cena quase inacreditável.

Mas no final das contas, o filme é sobre os dramas interiores de seus protagonistas e suas motivações, e porque não dizer até mesmo do vilão (Daniel Brühl de “Pegando Fogo”) sobre aqueles que vivem, aqueles que ficaram para trás e quem foram os responsáveis pela situação chegar em patamares insustentáveis.

Capitão América: Guerra Civil”, ou como alguns chamam, “Vingadores 2,5” gera o ótimo paradoxo de ser uma produção épica toda baseada em dramas intimistas, sendo sério sem perder a leveza e trazer toda a ação necessária para um filme de super herói. Mais um golaço da Marvel.

Curiosidades:

– A cena de Wakanda no final foi filmada em Foz do Iguaçú, Brasil.
– Numa sala do estúdio Tom Holland estava fazendo a audição para ser o Homem Aranha. Na sala ao lado, ao mesmo tempo, Jon Bernthal fazia a audição para ser o Justiceiro na segunda temporada de Demolidor. Ambos passaram.
– Tony Stark demonstra interesse em Tia May, a gatíssima Marisa Tomei em seus 51 aninhos. Ambos formaram o par romântico no filme “Só Você” de 1994.
– Neste filme o Homem Aranha fala seu primeiro palavrão em todos os seus outros filmes.

Ficha Técnica

Elenco:
Chris Evans
Robert Downey Jr.
Scarlett Johansson
Sebastian Stan
Anthony Mackie
Don Cheadle
Jeremy Renner
Chadwick Boseman
Paul Bettany
Elizabeth Olsen
Paul Rudd
Emily VanCamp
Tom Holland
Daniel Brühl
Frank Grillo
Martin Freeman
Marisa Tomei
John Kani
John Slattery
Hope Davis
Alfre Woodard

Direção:
Anthony Russo
Joe Russo

Produção:
Kevin Feige

Fotografia:
Trent Opaloch

Trilha Sonora:
Henry Jackman

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