Eduardo Sánchez, o cara que fez o sucesso “A Bruxa de Blair”, nunca mais fez sucesso nem de longe semelhante, resumindo-se a produções fracas como “A Maldição da Sétima Lua” ou a curta metragens como o exibido em “V/H/S 2”.
Agora ele volta com mais uma tentativa frustrada de revolucionar o terror. Tanto que ele se auto homenageia logo na primeira cena, quando faz um remake da sua famosa sequencia de “Blair” onde uma mulher em desespero confessa todo medo que lhe assombra. Só que aqui ela é Molly (a estreante Gretchen Lodge), que após o casamento se muda pra casa dos falecidos pais, onde começa a experimentar acontecimentos aparentemente sobrenaturais que podem estar relacionados com seu pai e sua infância.
O roteiro envereda por um caminho interessante, pois não se sabe se ela realmente está sendo assombrada pelo espírito do pai ou se é apenas algum transtorno psicológico. Entretanto rapidamente o suspense se desfaz deixando claro o motivo exato. Pra piorar, a história insiste em deixa a protagonista fazer todo tipo de loucura sem nunca interna-la ou coisa do gênero. Inclusive, o diálogo em que dois personagens discutem sobre o tema é sofrível.
O diretor reveza a filmagem convencional com a de “câmera na mão” de algum personagem, logicamente instigando o público sobre seu primeiro sucesso, mas que pouco funciona aqui. Talvez a subtrama mais interessante seja a filmagem de uma vizinha que ao último ato revela até uma grata surpresa para um público que vai aturar tantos clichês por quase 100 minutos. Os adolescentes vão gostar da quantidade de nus frontais da personagem principal que soam mais apelativos do que parte da história.
“Adorável Molly” não cumpre o que promete e ainda remete o espectador num péssimo timing onde a espera por algo mais relevante cansa.
Ficha Técnica
Elenco:
Gretchen Lodge
Johnny Lewis
Alexandra Holden
Field Blauvelt
Direção:
Eduardo Sánchez
Produção:
Robin Cowie
Jane Fleming
Gregg Hale
Mark Ordesky
Fotografia:
John W. Rutland