Sempre é bom ver artistas se aventurarem em gêneros diferentes do que estão acostumados como Gary Oldman de “A Lavanderia” ou Emily Mortimer do singelo “A Livraria” irem dar as caras em um filme de terror. Mas seria bem melhor se o filme fosse muito bom.
A premissa é boa de tão simples: ao invés de casa mal assombrada, temos um barco mal assombrado. Oldman e Mortimer são marido e mulher que compram um barco e vão com os filhos para uma viagem de fim de semana sem saber que lá reside um espírito ou entidade.
Começa que o filme não se aprofunda sobre a entidade e seu modus operandi, apesar de tentar explicitar seu propósito. Daí ocorre um pouco de tudo: possuir gente, visagens, objetos voando, não necessariamente nessa mesma ordem como se o diretor apenas tivesse ouvido falar como criar sustos no cinema e então tentou de tudo.
Claro que tem seus bons momentos e o elenco – inclusive os coadjuvantes – ajudam bastante e talvez até seja o destaque principal. Entretanto o roteiro é previsível ao ponto de sabermos exatamente o desfecho quase na metade do filme. Aliás esse é um caso onde a abordagem em retrospecto falhou na reviravolta por ter sido mal feita. Para entender: abordagem em retrospecto é quando o filme começa do final e volta ao ponto de partida para ir construindo a narrativa, revezando entre presente e passado.
Pra piorar, reviravolta, clímax e desfecho são a mesma coisa, duram menos de 1 minuto e chega a ser intragável o descaso com que a cena final foi feita.
“A Possessão de Mary” não liga para seu elenco que dá o melhor e, mesmo com alguns bons sustos, é previsível e não sabe contar o básico de uma história.
Ficha Técnica
Elenco:
Gary Oldman
Emily Mortimer
Manuel Garcia-Rulfo
Stefanie Scott
Chloe Perrin
Owen Teague
Jennifer Esposito
Douglas Urbanski
Claire Byrne
Michael Landes
Natalie Jean
Griffin Hood
Kathryn Kelly
Direção:
Michael Goi
Produção:
Scott Lambert
D. Scott Lumpkin
Mason McGowin
Alexandra Milchan
Tucker Tooley
Fotografia:
Michael Goi
Trilha Sonora:
The Newton Brothers