“A Origem da Vida” recai naquele famoso segmento das comédias independentes sobre famílias disfuncionais que, por ser bem escrita, atrai um nível de interesse bem acima do esperado.
Narrado com um sarcasmo impagável pelo ator mirim Jason Spevack (“Trabalho Sujo”), a vida de Henry (ele mesmo) começa com ele aprendendo que é superdotado e com uma memória insuperável. Ainda criança, ele descobre que sua mãe Patricia (Toni Collette de “A Hora do Espanto”) o teve através de inseminação artificial e que seu pai verdadeiro é um professor neurótico da universidade (Michael Sheen da “Saga Crepúsculo”) pai de uma jovem lésbica complexada, pois ainda está descobrindo a sua sexualidade e ainda foi objeto de estudo comportamental do próprio pai.
O diretor Dennis Lee do fraco “Um Segredo Entre Nós” parece ter mudado radicalmente seu modo de narrar uma história, visto quer aqui ele dá uma ótima dinamicidade à trama, contando não só com edições ágeis e afiadas, mas também com um contexto coerente que as justifica. O elenco está irrepreensível, principalmente Spevack e Toni Collette que é desde já uma das atrizes mais subestimadas de Hollywood e de uma versatilidade tremenda.
O que mais atrai em “A Origem da Vida” são suas tiradas inteligentes que soam fluidas no roteiro, ao contrário de um simples esquete humorístico. O filme acaba e o sorriso de satisfação fica.
Ficha Técnica
Elenco:
Toni Collette
Michael Sheen
Jason Spevack
Hannah Brigden
Frank Moore
Sarah Orenstein
Jamie Johnston
Mark MacDonald
Mickey MacDonald
Cameron Kennedy
Direção:
Dennis Lee
Produção:
Sukee Chew
Lisa Roberts Gillan
Fotografia:
Daniel Moder
Trilha Sonora:
Simon Taufique
David Torn