Suspense sobrenatural europeu onde uma família se muda para uma casa recebida de herança e a filha descobre o espírito daquela que pode ser a irmã gêmea de sua mãe.
O filme logra bastante êxito no roteiro, pois mesmo não sendo algo tão original, é transportado para tela de maneira inventiva pelo diretor Elbert van Strien. Suas truncagens que servem de dicas para a parte da irmã gêmea, as discretas tomadas com espelhos, além de uma trilha sonora envolvente faz com que o espectador sinta-se gradativamente atraído pela trama.
O que não dá pra entender é porque não se gastou mais um pouquinho para que o espírito parecesse convincente. É absurdo que os efeitos e a maquiagem sejam tão ruins que chegam a resultar piores do que aquelas produções orientais onde os fantasmas são apenas pessoas com trigo na cara. Esse malefício acaba com boa parte da tensão que o aspecto visual poderia causar, deixando apenas a idéia que o roteiro planta.
O elenco, apesar de desconhecido, está muito bem no papel e o último ato brinda o público com uma conclusão que foge dos padrões do gênero e causa um bom impacto.
“Água Negra” só precisava ser um pouco melhor produzido com uma leve injeção de capital ou maior criatividade de quem fez os péssimos efeitos especiais. Poderia ser melhor.
Ficha Técnica
Elenco:
Hadewych Minis
Barry Atsma
Isabelle Stokkel
Charlotte Arnoldy
Direção:
Elbert van Strien
Produção:
Claudia Brandt
Elbert van Strien
Fotografia:
Guido van Gennep
Trilha Sonora:
Han Otten
Maurits Overdulve