Pra quem pensa que só Hollywood faz continuações caça-níqueis inócuas, a indústria cinematográfica norueguesa também dá seus pulos. Depois de fazer o terror no máximo razoável “Presos no Gelo”, mas elaborar uma continuação com excelentes reviravoltas, chega a ser triste que fizeram uma nova sequencia, na verdade uma prequel, que mostra desnecessariamente o início da matança do serial killer.
O pior é que o início de verdade já havia sido mostrado nos outros dois filmes e aqui seus realizadores apenas acrescentam mais um elemento quase irrelevante (outro personagem), voltam num tempo e põem aquele característico grupo de jovens acampando próximo ao habitat do assassino. O resto todo mundo já sabe,o que é óbvio dado o curso lógico da história.
Mais engraçado ainda é que dessa vez a ação principal não acontece durante a neve, o que invalida a tradução brasileira (literalmente o título original significa algo como “Residência Selvagem”). O diretor e a fotografia são até razoáveis, imprimindo um clima claustrofóbico, porém o maior apelativo para uma produção do gênero – mortes gráficas e bem elaboradas – que tem uma premissa tão vazia não se cumpre, pois são sequencias com total falta de criatividade e quase como querendo esconder a violência.
“Presos no Gelo 3” se resume a duas palavras já citadas neste texto: irrelevante e desnecessário. Melhor assistir apenas até a segunda parte.
Ficha Técnica
Elenco:
Ida Marie Bakkerud
Julie Rusti
Kim S. Falck-Jørgensen
Pål Stokka
Arthur Berning
Sturla Rui
Terje Ranes
Nils Johnson
Direção:
Mikkel Brænne Sandemose
Produção:
Kristian Sinkerud
Martin Sundland
Fotografia:
Ari Willey
Trilha Sonora:
Magnus Beite