Patrick: O Despertar do Mal (“Patrick”)

https://www.youtube.com/watch?v=2N0sCBMhc4o

Terror australiano pra lá de B, onde uma enfermeira (Sharni Vinson de “Você é o Próximo”) é contratada por um misterioso médico (Charles Dance de “Anjos da Noite”) para tomar conta de pacientes em estado vegetativo numa mansão isolada, enquanto faz experimentos pouco ortodoxos. O que ela não sabe que um deles, o Patrick do título, tem poderes telecinéticos e de controlar a mente das pessoas e vai usá-los para o mal depois que desenvolve um crush pela protagonista.

O mal do filme – aqui literalmente – parece ser a inexperiência nos aspectos mais básicos. Começando pela trilha sonora de Pino Donaggio, que já trabalhou com o mestre Brian de Palma em “Paixão”, ela grita tensão durante toda a projeção, mesmo que a sequência não tenha o mínimo de tensão. É como se tivessem pegando a trilha de outro filme para colocar neste. No mínimo uma experiência incômoda.

O próprio roteiro peca pelos excessos: no início querendo fazer uma entrada triunfal onde uma personagem tentar ver no escuro com uma câmera de celular, ele simplesmente esquece que os celulares (e no filme é um iPhone) tem o módulo lanterna; ou na desnecessária cena em que a nossa “heroína” (sim, entre aspas) pega no “membro” (essas aspas vocês sabem o motivo) de Patrick para verificar se ele consegue se comunicar.

O diretor também não ajuda, pois coloca edição demais e muitas vezes atrapalha o entendimento de algo que deveria ser simples e claro. Inclusive a mistura de tramas entre os maus tratos do médico e sua filha, e a principal, sobre Patrick, parecem desconexas mais por culpa da execução do que do roteiro. E todos esses incômodos acabam ofuscando a boa história com um desfecho interessante, se não fosse mal filmado, enquanto os efeitos de segunda categoria até passam incólumes, por causa dos problemas mais relevantes.

Refilmagem homônima do terror de 1978, “Patrick” tem um público cativo fã do gênero que sem dúvida vai querer assistir, mas para todo o resto é uma obra que não influi nem contribuiu. Melhor deixar quieto.

Ficha Técnica

Elenco:
Charles Dance
Rachel Griffiths
Sharni Vinson
Jackson Gallagher
Peta Sergeant
Damon Gameau
Martin Crewes
Eliza Taylor

Direção:
Mark Hartley

Produção:
Antony I. Ginnane

Fotografia:
Garry Richards

Trilha Sonora:
Pino Donaggio

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