A Mesa da Sala de Jantar (“La Mesita Del Comerdor”)

O que era para ser um dos filmes mais perturbadores do ano, virou um dos filmes mais perturbadoramente chatos.

A produção independente espanhola começa com o casal Jesus e Maria que acabaram de ter um filho (sim, começa com esse impacto) brigam por causa da tal mesinha de café que Jesus insistiu em comprar. Quando um severo acidente ocorre envolvendo a mesa, Jesus tenta de toda forma esconder os indícios de sua esposa e das visitas, provocando uma situação cada vez mais desesperadora.

O filme é bem dividido em primeiro ato (até o momento do acidente), segundo ato (a tentativa de esconder o acidente) e o clímax, obviamente, quando se descobre.

Até se perdoa o fato de os realizadores não terem sido ousados o suficiente para mostrar a violência gráfica explícita, apesar de que, aí sim, a história se tornaria realmente perturbadora (um ponto a menos).

Mas é imperdoável que o longo segundo ato não saia do lugar. Não há nenhuma escalada de tensão, pois nada acontece. Os personagens parecem impassíveis, como se estivessem programados para executar as mesmas ações e serem as mesmas personas, sem sequer algo que provoque a mínima chance de se descobrir.

Para esticar e fazer a produção chegar a seus 90 minutos, o desconhecido diretor Caye Casas, fica passando imagens a esmo, como se provocassem qualquer reação no público (o que obviamente não acontece).

Chegar no último ato e seu clímax depende de o espectador não desmaiar de sono no segundo ato. O desfecho repete o erro do primeiro ato: atem-se às reações dos personagens mostra quase nada de sangue e fica se repetindo até praticamente o fim.

Há um certo aspecto artístico que poderia ser levado em consideração se não fosse a chatice de aguentar uma história que não sai do lugar e um primeiro ato decepcionante.

A Mesa da Sala de Jantar” é uma grande enganação, onde pegam uma única cena e não sabem mais o que fazer a partir dela. E de lá não sai nada.

Ficha Técnica:

Elenco:
David Pareja
Estefanía de los Santos
Josep Maria Riera
Claudia Riera
Eduardo Antuña
Gala Flores
Cristina Dilla

Direção:
Caye Casas

História e Roteiro:
Cristina Borobia
Caye Casas

Produção:
Maria José Serra

Fotografia:
Alberto Morago

Trilha Sonora:
Esther Méndez

Avaliações dos usuários

O filme é bom, o crítico é ruim

Rated 5,0 out of 5
08/11/2024

Nossa, cara, desiste desse site, se vc acha que pra um filme de terror ser bom ele precisa ter sangue e ser explícito

Anonymous

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