O Orfanato (“El Orfanato”, México / Espanha, 2007) ***NOS CINEMAS***

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O Orfanato” dá uma aula de como é fácil fugir de clichês tão comuns do gênero terror. Claro que por ser uma produção espanhola, tem muito mais coragem do que os americanos e nos apresenta a história de uma família que adquire um antigo orfanato abandonado e tenta reabri-lo, já que a mãe da família (Belén Rueda de “Mar Adentro“) fora adotada justamente nesse orfanato e sempre quis retribuir a caridade. No entanto ao chegar lá ela fica incomodada com os amigos imaginários que seu filho diz ter. Após o desaparecimento dele, o casal começa uma busca desenfreada para encontrá-lo e ainda deve lidar com estranhos fenômenos dentro da casa.

A estrutura narrativa se assemelha muito ao brilhante “Sexto Sentido”: apesar de ter todos os elementos de um filme de terror, seu desfecho é tão singelo que o público deve até esquecer de todos os sustos e sair emocionado. Além disso, gera uma forte tensão com poucos efeitos especiais. E o que dizer de seu desfecho, cuja revelação é quase um soco no estômago, coisa que Hollywood jamais pensaria em fazer? Talvez o único pecado, e bem pequeno, seria a trilha sonora um pouco exagerada.

Com um roteiro enxuto e amarrado, onde todos têm justificativas para seus atos, “O Orfanato” já pode ser considerado um dos melhores lançamentos do gênero no cinema, esse ano.

Nota 9


Ficha Técnica

Elenco:
Belén Rueda
Fernando Cayo
Roger Príncep
Mabel Rivera
Geraldine Chaplin

Direção:
Juan Antonio Bayona

Produção:
Álvaro Augustin
Joaquín Padro
Mar Targarona
Guillermo del Toro

Fotografia:
Óscar Faura

Trilha Sonora:
Fernando Velázquez

ELENCO

DIREÇÃO

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Respostas de 2

  1. Todos os bons elementos de um filme de terror bem feito estão lá, esconder mais do que mostrar, deixar supor mais do que esclarecer e principalmente, ter uma boa estória do ínicio em perfeita sincronia com seu final, aliás corajoso e emocionante final.
    Na minha opinião segue os princípios não só do “sexto sentido” mas muito mais de “os outros”, embora tenha vida própria. O foco jamais sai das atuações, deixando os efeitos especiais para segundo plano, embora este sirvam muito bem a trama. Mas como os filmes que anteriormente mencionei, o grande “soco no estômago”, como diz nosso amigo Aldo, é o seu final. Bem amarrado a tudo que se assistiu durante o filme, amarra toda a trama e arranca lágrimas dos olhos e um sorriso ao seu término. Se eu tivesse visto no cinema teria aplaudido. Pra quem quer assistir filmes de terror de qualidade e coragem deve procurar as produções hispânicas (que já nos deram REC, e aproximam muito do nosso modo de ver o mundo) e as orientais (com ressalvas as tradições destes países que muitas vezes nos parecem estranhas). Caso não entenda as particularidades destas regiões, aí sim, talvez uma produção americana (e tá diícil achar alguma coisa que não tenha sido copiada de um dos locais que mencionei ou que não sejam remakes).

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