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“O Orfanato” dá uma aula de como é fácil fugir de clichês tão comuns do gênero terror. Claro que por ser uma produção espanhola, tem muito mais coragem do que os americanos e nos apresenta a história de uma família que adquire um antigo orfanato abandonado e tenta reabri-lo, já que a mãe da família (Belén Rueda de “Mar Adentro“) fora adotada justamente nesse orfanato e sempre quis retribuir a caridade. No entanto ao chegar lá ela fica incomodada com os amigos imaginários que seu filho diz ter. Após o desaparecimento dele, o casal começa uma busca desenfreada para encontrá-lo e ainda deve lidar com estranhos fenômenos dentro da casa.
A estrutura narrativa se assemelha muito ao brilhante “Sexto Sentido”: apesar de ter todos os elementos de um filme de terror, seu desfecho é tão singelo que o público deve até esquecer de todos os sustos e sair emocionado. Além disso, gera uma forte tensão com poucos efeitos especiais. E o que dizer de seu desfecho, cuja revelação é quase um soco no estômago, coisa que Hollywood jamais pensaria em fazer? Talvez o único pecado, e bem pequeno, seria a trilha sonora um pouco exagerada.
Com um roteiro enxuto e amarrado, onde todos têm justificativas para seus atos, “O Orfanato” já pode ser considerado um dos melhores lançamentos do gênero no cinema, esse ano.
Nota 9
Ficha Técnica
Elenco:
Belén Rueda
Fernando Cayo
Roger Príncep
Mabel Rivera
Geraldine Chaplin
Direção:
Juan Antonio Bayona
Produção:
Álvaro Augustin
Joaquín Padro
Mar Targarona
Guillermo del Toro
Fotografia:
Óscar Faura
Trilha Sonora:
Fernando Velázquez