Sean Bean pegou emprestado a roupa que usou como Boromir em “Senhor dos Anéis” para representar o líder de um grupo de guerreiros católicos que em meio à peste negra vai a uma aldeia isolada onde a doença ainda não chegou para investigar possíveis atos de bruxaria e dizimar o que eles chamam de necromantes, por usarem magia negra para dar vida aos mortos. Seu guia é um jovem padre (Eddie Redmayne de “Ponto de Partida“) que aceita o desafio apenas para buscar sua amada secreta que se escondeu na floresta.
Enquanto Nicolas Cage faz sua pirotecnia no hollywoodiano “Caça às Bruxas“, “Morte Negra” explora exatamente o mesmo tema – a doença relacionada com atos de bruxaria – só que de forma mais séria e honesta. Se por um lado, perde um pouco nas cavalares doses de ação, por outro ganha bastante em conteúdo e complexidade de seus personagens, tanto no primeiro ato – a viagem – quando no segundo ato – a aldeia. É lá onde as grandes surpresas da trama são apresentadas, até porque, quem veio de um “Caça às Bruxas” entende que filmes desse tipo podem ou não conter elementos sobrenaturais.
Talvez a grande reviravolta reside na relação do padre com sua desaparecida amada que, inicialmente tratado como acessório, ganha especial atenção rumo ao final e choca o público de forma muito mais psicológica do que gráfica. Ainda assim, a violência é apresentada de forma explícita sem ser apelativa, fazendo parte do cenário bárbaro do qual o contexto se compõe.
Dirigido com segurança mestra por Christopher Smith, que já fez outra obra prima do suspense, “Triângulo do Medo“, “Morte Negra” é daquelas produções que devem ficar escondidas na locadora, mas que, para os amantes do gênero, revelar-se-á como uma excelente surpresa. Recomendado!
Ficha Técnica
Elenco:
Sean Bean
Eddie Redmayne
Carice van Houten
John Lynch
Tim McInnerny
Kimberley Nixon
Andy Nyman
Direção:
Christopher Smith
Produção:
Robert Bernstein
Jens Meurer
Douglas Rae
Phil Robertson
Fotografia:
Sebastian Edschmid
Trilha Sonora:
Christian Henson
Respostas de 6
Bom filme nota 7,5. Final surpreendente.
O filme é muito bom. Só não entende porque Sean Bean e seus amigos cairam naquela festa sabendo que os caras da aldeia não eram confiavéis.
Concordo com a resenha feita pelo autor, apenas gostaria de fazer uma pequena correção: Os bruxos, os quais os guerreiros católicos estavam à procura, não eram conhecidos como necrófilos (indivíduos que possuem atração sexual por cadáveres) e sim necromantes. Achei um tanto cômico encontrar o termo necrófilo nessa descente resenha, e me senti na obrigação de corrigi-la. Ótimo filme, recomendado aos amantes da temática medieval.
É um ótimo filme. filmes ingleses normalmente são. assim como são surpreendentes, viscerais e extremamente inteligentes.a questão religiosa e até filosófica do filme causará polêmica entre cristãos fervorosos. os personagens se verão confrontados no recônditos da fé. poderíamos dizer que é até um filme “nova era”. alquimia, wicca, inquisição e tortura são alguns dos elementos marcantes da história. foi bem divertido, até assustador. nota 8,5.
Não intendi o final.
Afinal ela trazia os mortos mesmo, ou era só lorota?
Porque o monge ficou ”mal”no final caçando bruxas , e vendo sempre a mulher nos rostos das mulheres??? não intedi…
Não! Era história!! A mulher dita com bruxa drogava as pessoas e fingia “ressucita-las” para enganar o povo e ganhar seguidores. O monge ficou com ódio, pois a menina que ele gostava foi drogada. Ela não estava morta como ele pensava. Ele foi enganado pela feiticeira e assim matou a menina. Por isso ele quis vingança.