Megatubarão (“The Meg”)

Megatubarão é um “Sharknado” com mais dinheiro pra torrar.

Baseado no livro “The Meg: A Novel of Deep Terror” de Steve Alten lá pelos idos de 1997, o filme mostra Jason Statham (“Velozes e Furiosos”) tentando pagar o aluguel como Jonas, um especialista em resgate, o qual é contratado para uma operação no fundo do mar e acaba se deparando com um megalodonte (por isso “meg”), um tubarão pré-histórico imenso. Então ele e seu time devem tentar caçá-lo antes que ele mate mais gente.

A premissa até seria boa, falando da Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano, onde haveria uma camada gelada que impediria as criaturas de sair até que um distúrbio acontecesse, mas de cara já esbarra no início onde uma dessas criaturas já estaria a solta por aí, o que mesmo não sendo impossível, é um furo narrativo de qualquer maneira.

Como o próprio trailer já entrega, a ação tem aqueles insuportáveis toques de comédia que deixa até mesmo o protagonista sem graça (acho que Jason Statham sabe quando o material é ruim). Inclusive tem um personagem chamado DJ (um tal de Page Kennedy) que falava tanta besteira que fiquei torcendo pra ele morrer logo de cara.

Com o potencial para ser no mínimo um trash de respeito, o diretor Jon Turteltaub (“A Última Viagem a Vegas”) preferiu a abordagem branda que destoa do gênero e praticamente não há mortes dignas de uma carnificina (para entender o que é uma carnificina de tubarão, veja “Do Fundo do Mar” de 1999). Aliás, o terceiro ato na praia tinha tudo para ser sensacional e foi praticamente um fiasco.

Como um dos estúdios por trás do filme é chinês, ainda há a obrigação de termos personagens importantes, como o interesse platônico Suying, interpretada pela bela quarentona Bingbing Li de “A Flor da Neve e o Leque Secreto”. Apesar de ser a favor da diversidade, é perceptível a obrigatoriedade contratual do elenco chinês, o que tira a naturalidade de suas participações.

Tudo bem, não tinha como ser diferente num filme como “Megatubarão”. Mas a avaliação também não. Faltou dosar: exageraram no desnecessário e destoante e se limitaram no fundamental.

Curiosidades:

– Na cena em que Jonas nada repetindo a frase “Continue nadando” é uma homenagem à animação da Pixar “Procurando Dory” onde a personagem repete a mesma coisa em busca dos pais.
– O nome Jonas foi inspirado no personagem do conto “Jonas e a Baleia”, parte da Bíblia onde, diz a lenda, foi engolido por uma.
– Na cena em que a personagem da atriz Ruby Rose (um dos membros do time de Jonas) cai do barco, ela quase se afoga de verdade por conta de um problema que ela tem nas costas que a paralisou momentaneamente.
– Os estúdios compraram os direitos do livro lançado em 1997 para fazer o filme, porém quando souberam que “Do Fundo do Mar” cujo tema é semelhante, estava sendo produzido, desistiram e só em 2017 o filme começou a ser produzido.
– No último ato, várias cenas relembram o clássico “Tubarão” de Steven Spielberg: o cachorrinho na água, o menino pedindo à mãe para poder ir nadar, a tomada do tubarão passando por baixo de um stand up paddle (no filme de Spielberg era uma canoa), entre outros.

Ficha Técnica

Elenco:
Jason Statham
Bingbing Li
Rainn Wilson
Cliff Curtis
Winston Chao
Shuya Sophia Cai
Ruby Rose
Page Kennedy
Robert Taylor
Ólafur Darri Ólafsson
Jessica McNamee
Masi Oka
Raymond Vinton
Hongmei Mai
Wei Yi

Direção:
Jon Turteltaub

Produção:
Belle Avery
Lorenzo di Bonaventura
Colin Wilson

Fotografia:
Tom Stern

Trilha Sonora:
Harry Gregson-Williams

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