Difícil tentar dizer o que esse filme tentou ser. Talvez tenha aspirado ser cult pela sua linha narrativa ou até mesmo experimental pelo visual granulado vintage que sua atmosfera assume. O que quer que seja, não funcionou.
Emily Browning de “Viagem Sem Volta” e Luke Grimes de “50 Tons Mais Escuros” são Karen e Jack respectivamente, que se conhecem num sanatório e se apaixonam. Como ambos tem parafusos a menos, Jack tem um delírio onde precisa matar Elvis Presley. Então eles fogem do sanatório a peso de bala e embarcam numa viagem para tentar perpetrar o chamado de Jack. No meio do caminho, algumas mortes e coisas sem sentido acontecem para tentar esticar o filme a longos 90 minutos.
A expectativa que a introdução, até mesmo sob a forma estética com direito a narrador de um pseudodocumentário, vai tudo por água abaixo em questão de minutos, quando o espectador percebe que falta conteúdo e até mesmo uma narrativa decente. Tanto é que há uma trama paralela envolvendo o próprio Elvis – interpretado por Ron Livingston (“A 5ª Onda”) – que, antes de se perder no terceiro ato, parece até mais interessante que a própria trama central. Na sua frigidez Livingston parece o melhor ator do elenco, pois Grimes não disfarça os maneirismos históricos e a lindinha Emily Browning definitivamente não comprou o roteiro (mesmo que ela finja que sim).
“Mate o Rei” acaba sem dizer a que veio e é um dos dramas menos inspirados dos últimos tempos.
Ficha Técnica
Elenco:
Emily Browning
Luke Grimes
Ron Livingston
Burt Reynolds
Ashley Greene
Avan Jogia
Trevante Rhodes
Alyvia Alyn Lind
Reiley McClendon
Echo Kellum
Jade Pettyjohn
Paul Rae
Tatanka Means
Direção:
Eddie O’Keefe
Produção:
Tariq Merhab
Matthew Perniciaro
Michael Sherman
Fotografia:
Delaney Teichler
Trilha Sonora:
Mondo Boys