O vírus “Crepúsculo” parece ter contagiado diversos gêneros. Agora com essa ficção científica teen que detém um dos títulos mais bizarros da história do cinema (surpreendentemente uma tradução literal do título original), prova-se mais uma vez o oportunismo vazio desse tipo de empreendimento.
Reza a trama que num planeta distante chamado Lorien, forças do mal chamados Morgadoriens devastaram seu ambiente e agora estão atrás de nove extraterrestres cuja maior característica é se parecerem com garotos-propaganda de marca de perfume. Por algum motivo inexplicável, esses extraterrestres devem ser eliminados numa certa ordem. Até que chegam no tal número quatro (Alex Pettyfer de “Distúrbio“) e vão ver que o buraco é mais embaixo.
É daquelas produções onde os clichês mais absurdos comandam, como querer ficar com a gatinha da trama (função de Dianna Agron de “Burlesque“) mesmo que isso leve a própria destruição e a de seus colegas. O mais engraçado é a explicação dada de que essa raça alienígena se apaixona uma vez só e é algo arrebatador (devem ter vindo do planeta Malhação).
Tecnicamente competente, até porque é uma produção de Michael Bay, “Eu Sou Número Quatro” é constrangedor em sua tentativa de passar algo sério com tantas tiradas cômicas sendo jogadas na tela enquanto os heróis sempre parecem estar a beira de perigo iminente.
Destaque para Teresa Palmer (“O Aprendiz de Feiticeiro“) que mesmo não sendo interesse amoroso do protagonista, faz muito bem o papel de símbolo sexual alienígena misturada com “Exterminador do Futuro”. Para aqueles que não viram a produção de D.J. Caruso (“Controle Absoluto“) por ela ter passado despercebida no cinema, apenas uma palavra: sorte.
Ficha Técnica
Elenco:
Timothy Olyphant
Dianna Agron
Kevin Durand
Teresa Palmer
Alex Pettyfer
Callan McAuliffe
Jake Abel
Patrick Sebes
Emily Wickersham
Direção:
D.J. Caruso
Produção:
Michael Bay
Fotografia:
Guillermo Navarro
Trilha Sonora:
Trevor Rabin