A produção deve ter pego a pior câmera do estúdio independente pra filmar esse terror porque as imagens parecem saídas de uma fita de VHS antiga. Com um elenco desconhecido, conhecemos Zoe que é surda (porque, eu não sei) e sai pela estrada para encontrar seu namorado em outra cidade, mesmo com sua mãe dizendo que há todo tipo de selvagem por aquelas bandas que podem fazer mal a ela.
Incrível que a mãe de Zoe é uma verdadeira Mãe Dinah, porque a nossa heroína encontra justamente… selvagens que fazem mal a ela. Depois de agredi-la e deixa-la a morte, um índio a resgata e performa uma das cenas mais patéticas do filme onde realiza um ritual pra tentar ressuscitá-la. Só que ele é tão incompetente que ao invés disso, faz baixar nela o espírito de um xamã vingativo. Então Zoe meio zumbi e quase indestrutível vai caçar os arruaceiros numa verdadeira carnificina.
Quando o filme não mostra essa carnificina é um lixo total. Mas na hora da dita carnificina, as cenas não só apenas bem feitas num contexto trash, absurdo e exagerado, como também são hilárias. Afinal, onde mais você vai ver duas pessoas disputando um cabo de guerra com um pedaço do intestino delgado de uma delas? Ou ainda um personagem dialogando (não tão) tranquilamente com seu pescoço atravessado por flecha?
Fato é que os efeitos de maquiagem passam longe da mediocridade e produzem um surpreendente efeito positivo numa obra quem apelo zero em qualquer outro aspecto. Apenas lembrando que estamos falando de maquiagem. Os pouquíssimos efeitos digitais são pavorosos.
“Selvagem” é o tipo trash nonsense maluco beleza que pelo menos investe seus centavos em algumas cenas de puro gore que encontra até um público cativo perdido por aí.
Ficha Técnica
Elenco:
Amanda Adrienne Smith
Marc Anthony Samuel
Rodney Rowland
Tom Ardavany
John Charles Meyer
Brionne Davis
Ronnie Gene Blevins
Kyle Morris
Joseph Runningfox
Donnelle Russell
Daniel Knight
Direção:
Michael S. Ojeda
Produção:
Jason Gurvitz
Lezlie Wheeler
Fotografia:
Michael S. Ojeda
Trilha Sonora:
César Benito