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Tristeza. É o sentimento dominante a assistir esse belo filme baseado em fatos reais sobre Jean-Dominique, um famoso editor de uma revista de moda que após uma paralisia cerebral só consegue mover e piscar seu olho esquerdo. E mesmo assim tem a força para escrever um livro inteiro sobre sua vida após o ataque cerebral fulminante.
É impossível não compararmos essa obra com o também europeu e inesquecível “Mar Adentro“. Porém enquanto lá, o protagonista (Javier Bardem) já havia decidido que queria morrer, em “O Escafandro e a Borboleta“, acompanhamos nosso herói (e que herói) em toda sua jornada de negação, aceitação, força, conformação, recaída e, principalmente imaginação para viver preso ao próprio corpo.
No primeiro ato, o expectador funciona como os olhos de Jean, e nos atos seguintes a platéia já tem uma maior perspectiva do contexto. Mathieu Amalric (“Munique“) está magistral como protagonista e sua relação com seu pai, outra interpretação digna de nota de Max Von Sydon (“Minority Report“), é tocante. Drama obrigatório. Uma tristeza que nos inunda e nos faz entender um pouco mais do mundo e do ser humano.
Nota 9
Ficha Técnica
Elenco:
Mathieu Amalric
Emmanuelle Seigner
Marie-Josée Croze
Anne Consigny
Patrick Chesnais
Niels Arestrup
Marina Hands
Max von Sydow
Direção:
Julian Schnabel
Produção:
Kathleen Kennedy
Jon Kilik
Fotografia:
Janusz Kaminski
Trilha Sonora:
Paul Cantelon