Dizem que todo homem é igual, só muda de endereço. Em se falando de Jason Statham (“Os Mercenários 2”), todo papel que faz é igual, só muda o contexto. O que não é uma crítica se a histórias for boa. E é exatamente o que acontece em “O Código”.
Uma criança superdotada decora um número extenso que guarda uma combinação que interessa a diversos grupos de traficantes e passa a ser perseguidas por gangues japonesas, russas e ainda pela polícia. Nesse interim, Luke (Statham), um ex-lutador decadente esbarra na menina e resolve protege-la, dando início a uma caçada humana.
O que mais chama atenção é que o diretor investe numa ação desenfreada sem que faça a história se esvair em sequencias vazias. Violência explícita na hora certa, bem como os devidos esclarecimentos para deixar o espectador ligado na trama. E até mesmo pormenores que poderiam soar absurdos como “pra que foram usar uma menina para gravar a combinação?” são explicados com certo grau de coerência.
Statham faz mais do mesmo, só que esse mesmo é mais do que suficiente para capturar a platéia com seu carisma (ou anti-carisma, sei lá) e nunca deixa a ação descambar para o cômico. Ao contrário dos desfechos normais, o roteiro passa longe do lugar comum, abrindo espaço para uma continuação, mas mais do que isso, dá o tom real de que o mundo é injusto e o mal pode estar logo ali na frente.
“O Código” é filme de ação pra gente grande e teria credencial suficiente pra ter ido aos cinemas ao invés de um tímido lançamento nas locadoras.
Ficha Técnica
Elenco:
Jason Statham
Catherine Chan
Robert John Burke
James Hong
Anson Mount
Chris Sarandon
Direção:
Boaz Yakin
Produção:
Lawrence Bender
Dana Brunetti
Fotografia:
Stefan Czapsky
Trilha Sonora:
Mark Mothersbaugh