Mamonas Assassinas – O Filme

Esqueçam qualquer influenciador com milhões de seguidores. Esqueçam qualquer sertanejo ou funkeiro que faz um mega sucesso. Se houve um fenômeno no show business nacional em intensidade e que abraçou a todos, de crianças a idosos, com suas letras bem humoradas, muitas vezes politicamente incorretas e uma postura de eternos brincalhões, este fenômeno se chama Mamonas Assassinas, e tomou o Brasil inteiro de assalto numa época em que nem se pensava em redes sociais e quando a internet ainda estava engatinhando.

Durante 8 meses, a banda de Guarulhos misturava pop rock com sertanejo, heavy metal, pagode romântico, vira e forró e muita comédia abraçou o Brasil, mas teve sua carreira tragicamente interrompida por um acidente aéreo em 2 de março de 1996, quando o Learjet onde estavam se chocou contra a Serra da Cantareira na volta de um show em Brasília, matando todos que estavam no avião.

O sucesso deles foi tão intenso que ecoa até hoje (27 anos depois) e até quem nasceu depois da era Mamonas, sabe muito bem quem foram. Por isso que chega a ser constrangedor que um filme que tinha tudo para ser sensacional, foi tão ruim.

É inconcebível que a direção tenha sido tão inconsequente em jogar na tela pedaços de história cronologicamente montadas, mas que parecem esquetes, com uma péssima edição, ritmo que tenta ser rápido, mas apenas é aleatório e nem aproveitaram o que a produção poderia ter de melhor, que são as músicas.

Com um álbum recheados de sucessos, pegaram só metade. Sim, claro que tem “Vira Vira”, “Pelados em Santos” e “Robocop Gay”, mas desperdiçaram a chance até de levar ao grande público ou aos nascidos depois do Mamonas, todo o seu repertório.

Inclusive deixaram de contar partes importantes da história como a transição entre Utopia e Mamonas que foi bem mais dramática do que o esperado e nem mencionaram Márcio Araújo, membro que deixou o Utopia após o fracasso comercial para voltar aos estudos. Mas preferiam colocar as picuinhas entre os membros e suas namoradas.

Fora que o terceiro ato é quase uma espécie de filme de autoajuda e premonitório, como se houvesse uma chata preparação para o acidente, como se ele fosse previsível. O elenco é sofrível com exceção do Ruy Brissac que tem uma assombrosa semelhança com o vocalista Dinho e tenta segurar as pontas do filme como pode.

Para quem viveu a época, entretanto, ver o filme não deixa de dar uma gostosa sensação de nostalgia e uma pontinha da lembrança do maior fenômeno musical de todos os tempos com 5 garotos de Guarulhos sendo eles mesmos. Pena que eles mereciam muito mais do que esse filme.

Ficha Técnica:

Elenco:
Nadine Gerloff
Ruy Brissac
Rhener Freitas
Fefe Schneider
Ton Prado
Adriano Tunes
Patrick Amstalden
Beto Hinoto
Guta Ruiz
Isa Prezoto

Direção:
Edson Spinello

História e Roteiro:
Carlos Lombardi

Produção:
Walkiria Barbosa
Marcos Didonet
Vilma Lustosa

ELENCO

DIREÇÃO

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