Crianças demoníacas atormentando uma jovem sozinha em casa na noite de Halloween deveria ser promissor. Mas conseguiram estragar de uma forma inimaginável.
O início parece desenvolver bem a situação: Dora (a desconhecida e bonitinha Chloe Rose) é uma adolescente e descobre que está grávida. Desolada para falar com o namorado, ela fica sozinha em casa esperando-o, enquanto a família sai para uma festinha. É quando crianças mascaradas batem na porta querendo gostosuras ou travessuras.
No momento crucial que definiria a natureza da ameaça, o diretor enlouquece e transforma a realidade em tons surreais, inclusive mudando a iluminação para lentes de infra-vermelho para deixar claro que: a) Aconteceu algo que ninguém sabe explicar e b) Já que ninguém sabe o que aconteceu, qualquer absurdo vai acontecer daqui pra frente. A partir daí, apenas se o espectador estiver sob o efeito de algum alucinógeno é que ele vai curtir o filme.
Nada se conversa, personagens aparecem e somem de acordo com a conveniência do roteiro, mas o pior é numa sequência em que os realizadores ficaram sem ter o que mostrar e passaram quase dez minutos projetado um caleidoscópio de imagens sem que o público fizesse a mínima ideia do que está ocorrendo e onde exatamente está a protagonista. Mais ou menos nessa hora (ou até bem antes) a gente já não se importa mais com ela e apenas quer que o filme acabe.
Seu desfecho é tão imbecil quanto o resto e deixa o espectador no vácuo. “Mal Intencionados” não tem um pingo de bom senso e destrói o que poderia ser uma premissa simples, de baixo custo e direto ao ponto numa narrativa sem pé nem cabeça que nem disfarça a farsa que é.
Ficha Técnica
Elenco:
Chloe Rose
Robert Patrick
Rossif Sutherland
Rachel Wilson
Peter DaCunha
Luke Bilyk
Emir Hirad Mokhtarieh
Adelaide Humphreys
Joe Silvaggio
Ella Konopka
Karlo William
Devon Phillipson
Direção:
Bruce McDonald
Produção:
Paul Lenart
Frank Siracusa
Fotografia:
Norayr Kasper
Trilha Sonora:
Todor Kobakov
Ian LeFeuvre