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Após “A Troca“, Clint Eastwood aquece ainda mais sua carreira de diretor onde ele mesmo é o protagonista como Walt, um veterano de guerra que, após a morte de sua esposa se vê sozinho, já que percebe seus filhos claramente interesseiros em seus bens assim que ele partisse dessa para uma melhor. Um tanto debilitado e assombrado por seus pecados de guerra ele fica ainda mais rabugento ao ver que sua vizinhança se degradou sendo ninho de imigrantes asiáticos e gangues. Preconceituoso, ele começa a mudar após ajudar seu vizinho, um garoto hmong, vítima de uma gangue, mesmo após este ter tentado roubar seu Gran Torino, o carro do título.
Eastwood nos entrega uma atuação que bem poderia ser lembrada pela Academia, mas não foi. Politicamente incorreto, a forma inóspita com que lida os vizinhos, mas que, aos poucos vai abrindo a guarda é um show de se acompanhar.
Um uma direção sempre suave, os melhores momentos são essas interações com os vizinhos (o diálogo entre, ele, o garoto e o barbeiro é impagável). Ainda há uma trama sobre a tal gangue, onde o espectador pode até pensar que Walt vai dar uma de Dirt Harry, mas cujo desfecho é bem diferente do que se imagina.
Agora, o que é imperdível é a canção no seu desfecho, escrita e cantada pelo próprio Clint Eastwood em parceria com Jamie Cullun. É daquelas que também mereciam uma indicação ao Oscar. Arranca lágrimas e dá vontade de assistir até o último crédito só pelo prazer de escutá-la.
[rating:4]
Ficha Técnica
Elenco:
Clint Eastwood
Christopher Carley
Bee Vang
Ahney Her
Brian Haley
Geraldine Hughes
Dreama Walker
Brian Howe
William Hill
John Carroll Lynch
Direção:
Clint Eastwood
Produção:
Bill Gerber
Clint Eastwood
Robert Lorenz
Fotografia:
Tom Stern
Trilha Sonora:
Kyle Eastwood
Michael Stevens