Quando o filme foi feito, Bruce Willis (“Vingança e Redenção”) ainda estava num estágio visível de sua doença – afasia – mas ainda era possível disfarçar.
Por que estamos falando nele? Porque ele é um dos personagens que aparece no poster do filme ao lado de Megan Fox (“Os Mercenários 4”), mesmo que aqui ele tenha a mesma relevância e tempo de tela de um abajur figurativo. Aliás, dos personagens principais, é o que menos aparece, mas ainda assim sua imagem está muito ligada a um potencial engajamento, mesmo doente e, nessa condição, fazendo filmes pra lá de ruins. Para se ter uma idéia dessa relevância, sua participação completa foi filmada em apenas um dia.
Quem deveria estar no poster é Emile Hirsch de “Dívida Perigosa”, como Byron, um policial a caça de um serial killer que se junta com a agenda Rebecca (Fox) numa corrida contra o relógio para tentar salvar a mais recente sequestrada. E o personagem de Willis? É o parceiro da Rebecca que só fica de papo furado, some e aparece quando quer.
O filme vai degringolando aos poucos: o primeiro ato deixa o espectador curioso para tentar ligar as pontas; o segundo ato já esculhamba a história e tenta insultar a inteligência do público; e o terceiro ato já mata qualquer neurônio que havia sobrado e traz um dos clímaces mais idiotas do gênero.
Por incrível que pareça, o personagem mais digno é o psicopata interpretado pelo honesto Lukas Haas (“Babilônia”) e que teve que ver seu vilão acabar de maneira ridícula.
“Meia Noite No Switchgrass” é ruim que dói por causa de uma execução medíocre que ainda precisa apelar para um Bruce Willis para fazer alguém se interessar… e assim ser enganado.
Ficha Técnica:
Elenco:
Emile Hirsch
Megan Fox
Bruce Willis
Lukas Haas
Caitlin Carmichael
Olive Abercrombie
Jason Trawick
Lydia Hull
Welker White
Direção:
Randall Emmett
História e Roteiro:
Alan Horsnail
Produção:
Alex Eckert
Randall Emmett
George Furla
Luillo Ruiz
Fotografia:
Duane Charles Manwiller
Bradley Stonesifer
Trilha Sonora:
Eric Freidenberg
Colby Parker Jr.
