Diana

Só faltava mesmo um filme com esse ícone da realeza britânica, após belíssimas produções como “A Rainha” e “O Discurso do Rei” e outra mais mediana como “A Dama de Ferro”.

Aliás, “Diana” divide com esta última muitas semelhanças entre pontos fortes e fracos. A começar por uma verdade histórica: tanto Margaret Tatcher quando a Princesa Diana foram mulheres bem mais interessantes do que a vida que elas viveram. E em suas respectivas cinebiografias, tiveram intérpretes à altura da complexidade de sua personalidade. Tatcher teve á premiadíssima Meryl Streep e agora Diana tem a bela e não menos competente Naomi Watts que havia brilhado não muito tempo antes em “O Impossível”.

Ela encarna Diana com uma doçura que levaria qualquer uma se apaixonar e mescla uma inteligência invejável, como nos momentos em que ela manipula a imprensa a seu favor, mas que é frequente vítima das suas emoções. Além disso, sua semelhança física com a princesa sem praticamente nenhuma maquiagem extra é enorme.

Baseado no livro de Kate Snell, “Diana – Seu Último Amor”, a adaptação conta apenas o último ato de sua vida (o que pode frustrar alguns) quando recém separada do Príncipe Charles e lutando para fazer a diferença no mundo, conhece o cirurgião Dr. Hasnat Khan (Naveen Andrews que fez sucesso na finada série “Lost”) e se apaixona perdidamente por ele.

O diretor Oliver Hirschbiegel que fez o chatíssimo “Rastros de Justiça” inicia com uma brilhante cena cronologicamente no fim na narrativa e depois descamba para uma comédia romântica que gradativamente se transforma num drama quando o casal protagonista percebe o quão difícil é viver um amor cercado pela opinião pública.

Além da ótima reconstituição de época, destaque para a trilha de David Holmes de “A Toda Prova” que além de ser orgânica ainda selecionou clássicos da época como “West End Girls” do Pet Shop Boys.

Mesmo com uma narrativa consistente, não há clímaces, tampouco conflitos que provoquem tensão acima do morno. E como fora na vida real, o filme também é interrompido pelo destino precoce e já conhecido por todos. “Diana” tem uma atuação brilhante para uma história amena e ao menos vale ver como registro histórico e, é claro, por Naomi Watts.

Ficha Técnica

Elenco:
Naomi Watts
Naveen Andrews
Douglas Hodge
Geraldine James
Charles Edwards
Daniel Pirrie
Cas Anvar
Juliet Stevenson
Jonathan Kerrigan
Laurence Belcher
Harry Holland
Leeanda Reddy
Art Malik

Direção:
Oliver Hirschbiegel

Produção:
Robert Bernstein
Douglas Rae

Fotografia:
Rainer Klausmann

Trilha Sonora:
Keefus Ciancia
David Holmes

ELENCO

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