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Existem piadas ruins, piadas mal contadas e piadas que nem tem um final. “Contato Visceral” conseguiu reunir essas três tristes características.
Difícil até contar a sinopse: Armie Hammer de ”O Nascimento de uma Nação” é Will, um barman que num dia agitado encontra um celular de um jovem debaixo de uma mesa. Nesse celular tem fotos de assassinatos macabros e aparentemente esse jovem e seus amigos fazem parte de um culto, e Will começa a ser assombrado por visões.
É mais ou menos isso. E não é. Porque ninguém exatamente sabe o que é mesmo depois que termina o filme. Muito menos como os acontecimentos se encadeiam.
Não há uma trama paralela que seja relevante: a de seu relacionamento com a namorada atual vivida por Dakota Johnson de “Suspiria: A Dança do Medo”; ou a da ex-namorada (Zazie Beetz de “Coringa”); sendo que a própria trama principal, vai do nada a lugar algum.
Quem dirige é o iraniano Babak Anvari do ótimo “Sob a Sombra”, mas aqui ele não se encontrou. Nem dá pra acreditar que ele também roteirizou a produção a partir do livro de Nathan Ballingrud chamado “The Visible Filth”.
Seu primeiro ato é genial, principalmente na construção da tensão, mas lá pela metade do filme as coisas começam a não fazer sentido e de repente o filme acaba. A sensação de término abrupto sem nenhuma explicação chega a ser mais chocante que o próprio clímax segundos antes.
“Contato Visceral” é uma das maiores roubadas da Netflix e Hulu e a melhor coisa a fazer e não ter contato nenhum com o filme.
Ficha Técnica
Elenco:
Armie Hammer
Dakota Johnson
Zazie Beetz
Karl Glusman
Christin Rankins
Brad William Henke
Ben Sanders
Alexander Biglane
Luke Hawx
Kerry Cahill
Ritchie Montgomery
Terence Rosemore
Jim Klock
Direção:
Babak Anvari
Produção:
Babak Anvari
Christopher Kopp
Lucan Toh
Fotografia:
Kit Fraser