Aquaman 2: O Reino Perdido (“Aquaman and the Lost Kingdom”)

Aqui jaz o último filme do universo da DC (ou DCU) criado lá atrás pelo diretor Zack Snyder, o qual também ficou conhecido como “Snyderverso”. E que despedida triste.

Pelo visto a primeira ordem foi cortar qualquer menção ou referência sobre qualquer outro herói da DC, nota-se claramente lacunas na história, remendada de tal forma a parecer que nunca nem houve a liga da justiça e que ninguém conhecia o Aquaman antes.

Piorou com o caso judicial que a atriz Amber Heard se meteu com Johnny Depp e saiu mais suja do que pau de galinheiro. Ela, que interpreta Hera, a qual estaria entra os 3 personagens principais, teve suas cenas quase todas picotadas e aparece tão rápido que deveria ser chamada de The Flash.

A trama é quase irrelevante, já que apenas repaginaram o vilão do filme antecessor, ou melhor, promoveram o subvlião a vilão principal, o tal Manta Negra, cujo objetivo de destruir o Aquaman a qualquer custo é mais raso que um pires. Não tinha como dar certo.

O que restou ao diretor James Wan foi fazer uma bagunça visual para confundir o espectador e tornar a trama uma xerox de outros filmes. Imaginar que o Aquaman (Jason Momoa) vai se unir com o seu irmão Orm (Patrick Wilson num grande favor) que fora outrora vilão para derrotar o manta é praticamente jogar a trama de “Thor – Mundo Sombrio” (quando a Marvel caminhava para seu auge) requentada 10 anos depois. Os realizadores estavam tão cientes disso que há uma cena em que Aquaman chama Orm de Loki (é sério).

Sem contar que se você viu o primeiro “O Homem de Ferro”, nem precisa ver o desfecho do nosso herói aquático. Aliás, a homenagens (ou plágios, como queiram) a vários filmes: somos apresentados para um clone do Jabba The Hutt de “Star Wars – O Retorno de Jedi”, a uma ilha que poderia ser (e quem sabe não é) a mesma de “King Kong”, e até mesmo à versão DC de “O Escorpião Rei”.

Como já dito, as cenas de ação são puro caos, onde ninguém se entende, seja por todos os excessos de personagens em dinâmicas absurdas ou pelos efeitos especiais que não deixam ninguém distinguir o que realmente está acontecendo. Tudo isso com direito a um cavalo marinho relinchar como um cavalo “terrestre”, logo no início.

Quem salva o filme é mesmo Patrick Wilson que, sim, desempenha o mesmo papel do Loki de Tom Hiddleston e acaba tendo o maior destaque, e, pasmem, o polvo topo que funciona como alívio cômico com seus barulhinhos engraçados e ainda, de quebra, consegue montar num cavalo marinho (só vendo mesmo).

Aquaman 2: O Reino Perdido” é o produto de uma situação fora do controle dos realizadores, já que os novos donos (leia-se James Gunn) extinguiram a DCU para, se Deus quiser, um mundo melhor. O jeito foi remendar tudo como deu, refilmar o mínimo para não tomar mais prejuízo e lançar nos cinemas para ver alguma grana, já que estava tudo pronto e engavetar seria ainda pior. Ironicamente, o filme morreu na praia.

Ah, ainda tem uma cena pós crédito engraçadinha.

Ficha Técnica:

Elenco:
Jason Momoa
Patrick Wilson
Yahya Abdul-Mateen II
Nicole Kidman
Randall Park
Temuera Morrison
Dolph Lundgren
Martin Short
Jani Zhao
Indya Moore
Vincent Regan
Amber Heard
John Rhys-Davies

Direção:
James Wan

História e Roteiro:
James Wan
David Leslie Johnson-McGoldrick
Jason Momoa
Thomas Pa’a Sibbett

Produção:
Rob Cowan
Peter Safran
James Wan

Fotografia:
Don Burgess

Trilha Sonora:
Rupert Gregson-Williams

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