Zerando a Vida (“The Do-Over”)

https://www.youtube.com/watch?v=5mS39Sjv5T0

Adam Sandler se especializou naquele subgênero de comédia besteirol politicamente incorreta beirando o mau gosto e que nunca se leva a sério. O que faz um filme dele melhor ou pior é o quão pesado ele pega no mal gosto e o quanto o roteiro insulta a inteligência do espectador. Esse é até um exemplar melhorzinho dado seus últimos filmes. Mas para aqueles mega chatos que compõe a ostensiva e intragável patrulha do politicamente corretíssimo que adoram achar pelo em ovo e ficam atormentando a vida de todos nas redes sociais, o melhor (para todos) é passarem bem longe dessa produção.

Sempre chamando seus amigos para papéis, agora é a vez de David Spade (que também trabalhou com Sandler em “Os 6 Ridículos”) dar as caras como Charlie, um perdedor na vida que tem um emprego medíocre e casou com uma mulher que o trai constantemente e não lhe dá a mínima, o que fez de sua vida insuportável. É quando seu antigo colega de colégio Max (Sandler) dar uma agitada e forja a morte de ambos, pegando emprestada a identidade de dois cadáveres que supostamente são cheios da grana. O que eles aparentemente não sabem é que os presuntos estavam escondendo um segredo que vai colocar a máfia atrás deles.

Dirigido por Steven Brill (“A Minha Casa Caiu”), sua condução e mesmo a história é totalmente despreocupada em fazer muito sentido, o que até fica consistente com as próprias intenções de Sandler, produtor, que claramente colocou a mão pesada em todos os aspectos do filme. E até que o resultado se sai relativamente bem, com a produção insultando igualmente todas as minorias e também rindo de si mesma na melhor maneira de brincar.

O filme não deixa de ter seus problemas: o narcisismo de Sandler vem incomodando já há algum tempo, chegando no ponto de em todos os seus últimos filmes todas as mulheres querem ficar com ele, mesmo as que não ficam… e a sequência em que uma personagem fala que preferia ter sexo com ele, chega a ser constrangedora, pois sabemos que foi apenas para satisfazer seu ego; além disso o roteiro é altamente expositivo com diálogos e flashbacks desnecessários como se o espectador tivesse Alzheimer (mais uma marca registrada do ator e produtor). Até mesmo a usualmente boa atriz Paula Patton (“Warcraft“) está meio irritante como interesse amoroso de Charelie.

Entretanto “Zerando a Vida” dosa bem até seus problemas e se mostra uma diversão descompromissada com algumas boas risadas pelo meio, apenas proibida para os criadores de mimimi de plantão. Tal qual o slogan da Netflix que produz junto com Sandler o filme: Netflix and chill.

Ficha Técnica

Elenco:
Adam Sandler
David Spade
Paula Patton
Kathryn Hahn
Nick Swardson
Matt Walsh
Renée Taylor
Sean Astin
Natasha Leggero
Luis Guzmán
Catherine Bell
Jackie Sandler
Michael Chiklis
Torsten Voges

Direção:
Steven Brill

Produção:
Allen Covert
Kevin Grady
Adam Sandler
Ted Sarandos

Fotografia:
Dean Semler

Trilha Sonora:
Rupert Gregson-Williams

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