Enquanto a esposa Sarah Jessica Parker continua colhendo os frutos do sucesso interplanetário “Sex and the City 2“, o maridão Matthew Broderick (“Procurando Amanda“) arrisca um drama intimista fazendo Ben, um corretor de textos para TV que um dia fizera sucesso como cantor infantil. Como sua carreira não deu certo, acho que tudo fora injustiças da vida e passa seus dias numa rotina tediosa sempre vendo o lado ruim das coisas. As coisas não melhoram: é demitido e sua filha não quer mais vê-lo. Quando seu colega de quarto senegalês passa mal e é internado e a irmã dele chega aos EUA, ele pode (ou não) começar a ver a vida com outros olhos.
Broderick faz um papel correto, se bem que a impressão que passa é que não há necessidade de nenhuma performance excepcional de sua parte. O destaque é quando Broderick depois de 23 anos desde “Curtindo a Vida Adoidado” volta a cantar. Pena que não é Twist and Shout. A verdade é que o ritmo da narrativa não deve agradar a maioria, já que é muito lento, mesmo que o diretor ainda tente salpicar uma boa trilha sonora de Craig Richey do também independente “Tudo Azul“. Por outro lado, há cenas que tentam ser abstratas e filosóficas, mas não passam de sem sentido, como a ponta de Philip Baker Hall de “O Inquilino” sendo um amigo imaginário de Ben.
De qualquer maneira ele cumpre o mérito de fazer o espectador refletir um pouco sobre o quanto do que acontece em sua vida é culpa sua ou culpa do mundo e o quanto se deve dar valor às pessoas enquanto elas ainda gostam de você. Pena que todas essas lições são apresentadas de forma que só aqueles com mais paciência vão conseguir aproveitar.
[rating:2.5]
Ficha Técnica
Elenco:
Matthew Broderick
Sanaa Lathan
Michael Kenneth Williams
Philip Baker Hall
Ally Walker
Jesse Tyler Ferguson
Jodelle Ferland
Patrick Carney
Direção:
Joshua Goldin
Produção:
Miranda Bailey
Matthew Leutwyler
Glenn Williamson
Fotografia:
Daniel Shulman
Trilha Sonora:
Craig Richey