Qual a coerência de um título em inglês para um filme francês? Isso mesmo, não existe título original em francês, apesar de ser de lá. E é com essa mesma coerência zero que se constrói o roteiro (???) desse trash picareta.
Um cometa passa por Paris e deixa um rastro de poeira cósmica que fazem as pessoas terem comportamento destrutivos e se tornarem mutantes e finalmente aliens, se é que se pode chamar assim. É porque, na verdade, ninguém vai entender bem o que acontece, já que a produção joga cenas a esmo, muitas vezes sem até uma conexão clara entre uma e outra. Nesse interim, um jovem que tem fobia do escuro (como se isso tivesse algo a ver com o incidente) tenta escapar das ameaças e salvar a vizinha.
Mesmo com apenas 75 minutos (o normal de um filme é 90 minutos), ele em pouco tempo se torna intragável, seja pela falta de criatividade da história, pela falta de química do elenco canastrão, ou até mesmo pela direção e edição medíocres. Aliás, a edição é tão retardada que o desfecho vira um anticlímax de si próprio terminando de uma maneira que força o espectador a se perguntar que diabos os realizadores quiseram fazer.
A única coisa que pode fazer os fãs de trash e nada exigentes desperdiçarem pouco mais de uma hora de suas vidas são alguns efeitos especiais que mesmo toscos, ainda tem quem goste.
No mais “Sombras da Morte” é tão ruim que a gente torce pro cometa bater na Terra e matar todo mundo de uma vez.
Ficha Técnica
Elenco:
Fabian Wolfrom
John Fallon
Blandine Marmigère
Direção:
David Cholewa
Produção:
David Cholewa
Fotografia:
Thomas Rames
Trilha Sonora:
Kevin Riepl