Quando um filme chega no patamar de mediocridade onde a gente questiona a sua própria razão de existir, é porque se deve passar longe. Só o fato de escrever sobre já é um erro, pois acabo dando ciência às outras pessoas de que ele existe. Mas vamos lá.
Sem citar nomes de um elenco paupérrimo e desconhecido, um casal vai num hospital abandonado filmar sabe-se Deus o que, e lá aparentemente tem um espírito que toma conta do corpo da gostosinha e ordinária Jill.
Aparentemente o diretor também desconhecido Bernard Rose (e que continue assim) não faz idéia de como filmar em primeira pessoa (sim, o filme é no estilo found footage), pois comete várias gafes ao longo dos torturantes 80 minutos de projeção, incluindo uma história (???) sofrível. Para se ter uma idéia, ela começa na delegacia de polícia quando Jill descobre que seu namorado morreu, pula para mais meia hora chatíssima de uma tentativa ridícula de desenvolvimento de personagens, pois eles são unidimensionais e imbecis e só depois alguma coisa acontece e começamos a torcer para que todo mundo morra logo e o filme acabe. O problema é que até o espírito é incompetente ao ponto de nem saber seu papel no casting.
No final o roteiro (???) ainda tenta explicar o motivo da maldição, mas não só é patético, como é seguido de uma cena sem contexto algum e que relembra o pior do trash de terror dos anos 80. E depois finalmente acaba.
“Sex Tape” é um desastre em todos os sentidos e um insulto à inteligência até daqueles que nivelam qualquer produção por baixo. A ironia é que o slogan do filme é “Algumas fitas nunca deveriam ser feitas“. É justamente o caso desse filme.
Ficha Técnica
Elenco:
Caitlyn Folley
Ian Duncan
Diana García
Chris Coy
Julie Marcus
Steven Propster
Daniel Faraldo
Direção:
Bernard Rose
Produção:
Sebastian Aloi
Eric Reese
Steven Schneider
Chuck Simon
Fotografia:
Bernard Rose
Trilha Sonora:
Nigel Holland