Em 1993 começava uma franquia embalada pelo do sucesso do pequeno ator Warwick Davis, que participou dos filmes de George Lucas “Star Wars” e “Willow: Na Terra da Magia” e de quebra ainda revelava a atriz Jennifer Aniston que iria alçar o estrelato na série “Friends” pouco menos de 1 ano depois.
Apesar desse primeiro filme ser bem mediano, ele rendeu inacreditáveis 5 continuações em 1994, 1995 (em Las Vegas, vai entender), 1996 (aqui colocaram ele no espaço!), 2000 (já uma comédia rasgada com maconha e rap) e em 2014 (num filme péssimo que ninguém viu sobre as origens do vilão).
O diretor Steven Kostanski, que também co-dirigiu o interessante “A Seita Maligna” até pegou a boa premissa de apagar todas essas continuações e tornar essa produção uma continuação direta do primeiro, passado 25 anos depois dos acontecimentos do original, quando um grupo de amigos se unem na antiga casa para reforma-la, dentre eles, a filha da protagonista (vivida por Aniston) do primeiro, Lila (Taylor Spreitler de “Amityville: O Despertar”).
O roteiro se embanana querendo colocar doses cavalares de humor, praticamente tirando toda a essência do que seria o terror (parecido com o que fizeram com a saga “Brinquedo Assassino”). Inclusive, o desfecho é uma das partes mais engraçadas do filme, o que seria cômico se não fosse trágico. Mas sim, o espectador vai rir.
As mortes talvez sejam as mais violentas da série com muito sangue e tripas para todos os lados o que vai ser um ótimo gatilho para os fãs de gore. Só que o contexto das mortes e as idéias de algumas delas são tão mal desenhadas que dá raiva. Tem uma decapitação por uma hélice de drone onde ele vai numa velocidade tão lenta e o personagem escolhe ficar parado e gritando, o que é um insulto a qualquer inteligência. Ou então uma placa que ao invés de esmagar a pessoa, corta ela ao meio. Ou seja, apesar dos efeitos especiais de maquiagem fazerem um ótimo trabalho, a maioria das mortes são incoerentes. Além disso, parece que o diretor tem uma obsessão por esguichar sangue do personagem até depois de muito tempo com ele morto.
“O Retorno do Duende” segue os clichês batidos e superados das décadas de 80 e 90, entra errado no humor, resultando numa mistura indigesta e dispensável.
Curiosidades:
– Jennifer Aniston recusou reprisar seu papel, mesmo que seja só colocando a sua voz por causa de dinheiro (a produção não quis pagar o preço que ela colocou) e daí foi substituída por uma atriz com voz semelhante.
– Warwick Davis não retornou como o duende porque depois de estar casado e ter filhos, ele não quis mais fazer filmes de terror.
– A fraternidade que o grupo de meninas tentou implementar na casa se chama Alpha Upsilon, cuja abreviação é AU (aparece na fachada da casa) e que na tabela periódica é Ouro, o objeto de desejo do duende.
Ficha Técnica
Elenco:
Taylor Spreitler
Pepi Sonuga
Sai Bennett
Ben McGregor
Oliver Llewellyn Jenkins
Mark Holton
Linden Porco
Heather McDonald
Pete Spiros
Leon Clingman
Direção:
Steven Kostanski
Produção:
Darren Cameron
Adam Friedlander
Daniel Iron
Fotografia:
Trevor Calverley
Trilha Sonora:
Andries Smit