Lembra a década de 80 quando houve uma pequena febre de filmes repartidos em três ou quatro histórias, desde famosos como “Contos Assombrosos”, até mais soturnos como “Olhos de Gato”. Pena que aqui essas três histórias, dirigidas por três diretores diferentes, são chatas e não contribuem nem em termos técnicos ou narrativos.
A primeira é sobre um casal de sádicos que tortura garotas indefesas, mas que vão tomar um belo susto. Sangue no final, mas passa longe de agradar o espectador. O segundo é sobre uma droga experimental que passam a testar numa mulher. Prende a atenção mais por ser confuso do que por ter uma boa trama. O terceiro é esteticamente o mais interessante, mas com roteiro zero: um casal sadomasoquista e fetichista destrincha seus desejos até que o homem satisfaça a sua vingança. Apesar de uma plasticidade digna de filme sério, seu excesso deve colocar o público pra dormir. Além de que o visual, apesar de algumas cenas eróticas, nada tem de bizarro ou violento como era de se esperar de um filme de terror. O fato das histórias nem serem conectadas diminui ainda mais o apelo (ou a falta dele).
A produção inglesa “Little Deaths” parece filme de político: não cumpre nada do que promete. E como a própria tradução diz – Pequenas Mortes – ele realmente é isso: pequeno, no pior dos sentidos.
Ficha Técnica
Elenco:
Scott Ainslie
Mike Anfield
James Anniballi
Kate Braithwaite
Daniel Brocklebank
Tommy Carey
Errol Clarke
Luke de Lacey
Christopher Fairbank
Brendan Gregory
Oliver Guy-Watkins
Siubhan Harrison
Amy Joyce Hastings
Direção:
Sean Hogan
Andrew Parkinson
Simon Rumley
Produção:
Samantha Wright
Fotografia:
Milton Kam
Trilha Sonora:
Richard Chester