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Fazer uma comédia de um fato histórico que ecoa até hoje sob a forma do Al Quaeda e da Guerra no Iraque não é para os fracos. Mike Nichols (de “Closer – Perto Demais“) consegue esse feito com relativo sucesso.
Dispensando apresentações, Tom Hanks é Charlie Wilson, congressista fanfarrão e polêmico que segundo as más línguas ‘seu maior feito em seis mandatos foi ter sido reeleeito cinco vezes‘. Porém, se comove com as condições do povo afegão após a invasão da União Soviética no início dos anos 80 e, entre trancos, barrancos e muitas confusões, arma uma aliança com o Oriente Médio com o apoio de uma influente mulher do Texas (a ainda “Linda Mulher” Julia Roberts) e um desbocado agente da CIA (Philip Seymour Hoffman de “Capote“).
O primeiro ato é um tanto confuso com diálogos e passagens rápidas que pode fazer o expectador se perder. Mas não tema, pois com desenvolvimento da trama, todos conseguem se localizar. O filme é marcado por diálogos memoráveis, como o citado no início da resenha, principalmente de forma sarcástica e cáustica a fim de gerar a tal comédia que o diretor pretende. Mas ele não se furta de mostrar os horrores de uma guerra que não tem nada de cômica, mas muito de trágica.
Hanks e Hoffman dão um show na caracterização de seus personagens e protagonizam os melhores momentos. Talvez faltou o roteiro investir um pouco mais da polêmica do protagonista, já que apesar de na vida real o político ser viciado em cocaína e, apesar de isso ser citado do filme, o personagem no máximo toma uísque apenas e nada mais. Para as platéias que querem mais que comédias rasteiras.
Lembrando apenas que foi essa ação de armamento e treinamento do Afeganistão patrocinado pelos EUA que “formou” um jovem chamado Osama Bin Laden. E o resto é história…
Nota 6,5
Ficha Técnica
Elenco:
Tom Hanks
Julia Roberts
Amy Adams
Philip Seymour Hoffman
Emily Blunt
Ned Beatty
Direção:
Mike Nichols
Produção:
Gary Goetzman
Tom Hanks
Fotografia:
Stephen Goldblatt
Trilha Sonora:
James Newton Howard