Dylan Dog e as Criaturas da Noite (“Dylan Dog: Dead of Night”)

Depois da lição que Brian Singer aprendeu a não colocar o inexpressivo Brandon Routh num papel principal como em “Super-Homem”, sendo melhor deixá-lo como coadjuvante de luxo onde se sai bem melhor (ou quase), vide “Scott Pilgrim Contra o Mundo”, eis que vem o diretor Kevin Munroe cujo único trabalho pro cinema foi “As Tartarugas Ninja – O Retorno” e coloca Routh como protagonista só pra piorar um pouco a qualidade de sua produção.

Ele é Dylan Dog, uma espécie de detetive dos mortos (leia-se lobisomens, vampiros, zumbis e afins) cuja Meca é em Nova Orleans. Depois de um tempo afastado, ele pega um caso que pode criar uma guerra entre as espécies de mortos-vivos. Apesar de ser um filme bobo, ele diverte, principalmente se o espectador não levá-lo a sério.

Livremente inspirado nos quadrinhos do italiano Tiziano Sclavi, “Dylan Dog” é um misto de comédia com ação e suspense sobrenatural. Só que acaba se saindo melhor na comédia, principalmente através do hilário Sam Huntington (“Fanboys”), braço direito de Dylan que vira zumbi e tem dificuldades de aceitar sua condição. A cena em que ele vai para um encontro de “Zumbis Anônimos”, satirizando Alcoólicos Anônimos é engraçadíssima. Por outro lado Routh apenas deixa claro as suas limitações como ator, tendo impacto decisivo no clima da história.

Infelizmente Munroe não demonstrou ter habilidade para dirigir cenas de ação, principalmente as de luta que soam bastante infantis, como é o caso da seqüência contra um bando de vampiros na casa de sua cliente ou contra um zumbi monstro num depósito. “Dylan Dog e as Criaturas da Noite” é uma bobagem divertida para sair daqueles momentos de tédio. Porém, esquecível em minutos.

Ficha Técnica

Elenco:
Brandon Routh
Anita Briem
Sam Huntington
Peter Stormare
Taye Diggs
Kurt Angle

Direção:
Kevin Munroe

Produção:
Scott Mitchell Rosenberg
Gilbert Adler

Fotografia:
Geoffrey Hall

Trilha Sonora:
Klaus Badelt

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