A terceira parte, dessa vez dirigida apenas por Paco Plaza, um dos dois criadores da franquia (Jaume Balagueró ficou apenas na produção executiva) é um banho de água fria pra quem vinha se empolgando com os seus dois antecessores.
Passando-se num casamento em Barcelona, um dos convidados tem sua mão mordida mais cedo pelo cachorro da primeira parte que fora ao veterinário e daí se transforma numa criatura demoníaca, fazendo a festa virar um verdadeiro massacre.
Começando com o estilo “found footage” que foi consagrado na série, logo a produção passa a ser filmada na terceira pessoa e, ao invés de focar e continuar a história da doença / maldição em si, o roteiro tenta em vão desenvolver a própria história de amor do casal encabeçado pela bela atriz espanhola Leticia Dolera. São poucas as pistas que se relacionam com a origem do vírus (a questão da oração, por exemplo) e portanto parece um filme quase que destacado da série.
A ação é bem orquestrada, mas também não é nenhum passo além do que se vê em produções do gênero, além de apelar em alguns momentos para um trash cômico e desnecessário. Seu desfecho até tem uma certa carga emocional, o que significa que Plaza trabalhou bem os personagens, separando aqueles com quem o espectador deve ter maior afinidade.
Mesmo assim, “Rec 3” não decola, não explica quase nada e ainda fica muito aquém da potencialidade da série. Deveria ter pulado logo para a quarta parte.
Ficha Técnica
Elenco:
Leticia Dolera
Diego Martín
Ismael Martínez
Àlex Monner
Borja Glez. Santaolalla
Emilio Mencheta
David Ramírez
Miguel Ángel González
Ramón Agirre
Xavier Ruano
José de la Cruz
Antonio Barroso
Toni Sans
Aitor Legardón
Paco Moreno
Direção:
Paco Plaza
Produção:
Julio Fernández
Fotografia:
Pablo Rosso
Trilha Sonora:
Mikel Salas